Com a chegada da pandemia, “as hortas foram uma mais-valia” na vida de Sameiro, dona de um talhão das Hortas Urbanas das Lameiras, desde o início da pandemia.
Sameiro confessa que “sempre gostei de estar em contacto com a terra…” justificando o facto de ter agarrado a oportunidade de trabalhar a horta, numa altura em que estava mais stressada, situação criada por um confinamento forçado. Remata ainda, afirmando que, “foi o meu refúgio”. Para Sameiro, é muito importante e, por sua vez, bastante interessante a existência de hortas biológicas em Braga. “Creio que não existem muitas hortas, mas sei que há algumas. Mas, claro, gostaria que houvesse mais.”
A agricultora urbana aponta para o seu “pequeno tesouro” plantado: cebolas, favas, repolhos, alhos, curgetes, alfaces, rúcula, salsa, morangos, melancia, melão e meloa, que aguarda pelo momento certo para ser colhido.
No que concerne ao uso de fertilizantes, afirma que utilizava apenas adubo proveniente da sua coelha de estimação, afirmando orgulhosamente que é “tudo biológico!”. Sameiro revelou ainda que acha importante ter uma horta biológica: “Psicologicamente, é de facto uma mais valia e estarmos a “cuidar” de produtos biológicos, sabendo que são fundamentais para o nosso bem-estar e para a nossa saúde física e mental”. Sameiro Palmeira, conclui, valorizando a qualidade dos produtos biológicos, em comparação com os produtos disponíveis nos supermercados, “Não tem nada a ver! Os produtos biológicos são muito mais saborosos e mais frescos.”
A Horta Urbana das Lameiras nasceu com o propósito de proporcionar aos seus proprietários, maioritariamente cidadãos da união de freguesias, um contacto direto com a terra, possibilitando ainda que colham produtos hortícolas biológicos para consumo próprio.
É uma área com cerca de 900 metros quadrados, composta por 20 talhões, tendo cada talhão cerca de 45 metros quadrados. É proibida a plantação de árvores, devido à sombra que pode causar nos restantes talhões, e também a utilização de fertilizantes químicos para ser tratada de “horta biológica”. Cada proprietário tem de respeitar um compromisso de comportamento e manutenção do seu espaço e não prejudicar os restantes.
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