Poluição Sonora, definida como a ‘produção de sons, ruídos ou vibrações que violam as disposições legais com efeitos na saúde humana’, está bem mais presente no nosso país do que aquilo que é imaginável. É esta a poluição que, apesar de ‘invisível’, poderá ter impactos imensuráveis na saúde humana. A lista de complicações associadas é longa: auditivos, cardiológicos e inclusive a nível de saúde mental.
Estima-se que a poluição sonora é a causa de cerca de 48.000 novos casos de isquemia cardíaca e 12.000 mortes prematuras. Estima-se ainda que cerca de 6.5 milhões de pessoas sofram de distúrbios crónicos de sono graves devido à presença de excesso de ruído. Ainda assim, existem evidências que podem indicar que estes números são uma subestimação da realidade.
De acordo com o estudo ‘Environmental Noise in Europe – 2020’, a principal fonte de poluição sonora na União Europeia é o tráfego rodoviário. Contrastante com este facto será que as maiores vítimas das consequências desta problemática são de reduzida capacidade financeira, que na sua maioria contribuem de forma minoritária para a acentuação do excesso de ruído existente nas zonas urbanas, o que faz da poluição sonora mais uma causa de desigualdade entre as tantas existentes no século XXI.
Dados do mesmo estudo indicam que não há variações significativas no número de pessoas expostas a níveis ilegais de ruído desde 2012, o que faz deste fenómeno algo preocupante.
Na rubrica “Baixa o Volume, Por Favor!”, poderá encontrar testemunhos de médicos, ecologistas, entre outros expertos que fazem questão de não deixar dúvidas por esclarecer! Saiba tudo sobre a poluição sonora em Portugal e no mundo.