De acordo com o Dr. Pedro Machado, responsável pela Braval – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, “Por cada tonelada de reciclados que a Braval vende, reduz a taxa de resíduos que é aplicada a cada município, portanto a cada munícipe.” Sendo assim, se cada um de nós reciclar mais, pagará menos no final do mês. A recolha de tampinhas de plástico para solidariedade revela-se pouco vantajosa para a população em geral, uma vez que “as vulgares tampinhas têm muito mais valor se forem recicladas do que se forem guardadas no recipiente” para doar. Se quisermos ser solidários podemos fazê-lo, segundo o Dr. Pedro Machado “mais vale colocar todos os dias um cêntimo numa caixinha“.
De facto, as tampinhas doadas que forem recolhidas nas campanhas de solidariedade são avaliadas por um valor muito menor do que se forem recicladas. Às vezes, as boas intenções podem ter efeitos perversos, “Portugal, se até 2025 não tiver reciclado 50%, irá ter de pagar uma multa. Essa vai ser cobrada aos cidadãos.” e “Por cada tonelada de lixo enterrado, é cobrado um valor de 11 euros por tonelada”, informou Isabel Cunha responsável pela comunicação na Braval, razões muito fortes para o incentivo a reciclar bem e corretamente. Segundo Isabel Cunha, “estas campanhas têm uma interferência nestes objetivos e têm um custo adicional para os munícipes”.
Metas propostas em 2015 pela Comissão Europeia
Desde 2015 que a União Europeia impõe como meta, até 2025, a reciclagem de 50% das embalagens de plástico e a recolha seletiva de 77% das garrafas de plástico e de 55% (até 2030) para embalagens de plástico e 85% para as embalagens de papel e cartão. O incumprimento destas metas implica uma penalização para as entidades gestoras e para o estado português.
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