A Voz de Todos
À imagem de outras iniciativas levadas a cabo pelo Agrupamento, sobretudo com o apoio do grupo Eco-Escolas, e pelo município de São João da Madeira, sentiu-se a necessidade de continuar a sensibilizar a comunidade educativa e a restante população envolvente. Esta parece ser uma tarefa longa em que a ação de cada um conta. Ao longo do percurso, recolhemos o “sentir” da população, percebendo-se que estas ações mexem com a cidade e quer seja pelo aplauso ou pelos gestos de agrado, fica a sensação de que este é o caminho certo, mover consciências.
É possível, a partir deste tipo de atividades, sensibilizar a população, de forma a alterar os seus hábitos, visto que esta teima em não respeitar o ambiente?
Os entrevistados pelo Clube dos Jovens Repórteres do AESL responderam afirmativamente a esta questão, acrescentando ser possível essa sensibilização não só pelo tratamento do tema em causa, através da ilustração dos cartazes, mas também pelo efeito positivo que esta e outras iniciativas poderão ter nos jovens e nas crianças. Além disso, é cada vez mais necessário alertar a sociedade em relação aos problemas ambientais do nosso planeta. Os mesmos confessaram que pretendem melhorar os seus hábitos. Os mesmos confessaram que pretendem melhorar os seus hábitos e agir de forma a que as pessoas mais próximas se juntem a eles na grande luta pelo clima.
A Caminhada: obrigação ou um ato consciente?
Os alunos entrevistados adiantaram que apreciam bastante este tipo de atividades, sobretudo pelo tema envolvente, e que é deveras importante a Escola, enquanto instituição ao serviço da Cidadania, contribuir para a promoção destas iniciativas. Já não restam dúvidas de que a preservação do meio ambiente é uma missão atual dos jovens e esta – a caminhada – revelou ser uma oportunidade para estes expressarem o que sentem e o que há a fazer. Por isso, segundo nos transmitiram, não aderiram a esta iniciativa só por causa da escola, porque, enquanto geração do amanhã, preocupam-se hoje com o futuro da Humanidade e do seu planeta.
Os cartazes e a sua simbologia
Os alunos e professores entrevistados aplaudiram esta ação educativa e evidenciaram o impacto dos inúmeros cartazes espalhados ao longo da mancha humana, contendo mensagens esclarecedoras e marcantes. Contudo, não deixaram de frisar que o mais importante, ainda, é colocar em prática todas as ações contempladas nos cartazes.
Mensagem dos cata-ventos que marcaram presença na caminhada
Os entrevistados destacaram os cata~-ventos pela sua simbologia – a Natureza, tendo estes causado uma impressão muito positiva a quem assistia. No entanto, a principal mensagem veiculada através deste símbolo centrou-se na revelação de que os cata-ventos, em particular, tinham sido feitos a partir de materiais reciclados, mostrando que reaproveitar é muito melhor que reciclar, evidenciando, também, a aposta necessária nas energias renováveis e a mitigação do uso dos combustíveis fósseis.
O papel da Escola na promoção de atividades em prol da preservação do ambiente
Quando questionados, os participantes defenderam que, mesmo com as limitações próprias de um estabelecimento de ensino público, todas as escolas têm ou deverão ter um papel fundamental em matéria de sensibilização ambiental, sobretudo em relação aos jovens. Aliás, é do conhecimento geral que “consciência” e “responsabilidade” são peças em falta no tratamento deste tema. Muitos não tomam iniciativa, apesar de saberem que é crucial que todos ajam em prol do ambiente, daí o papel importantíssimo que o nosso Agrupamento assume na luta pela proteção do meio ambiente.
Importância da participação de cada aluno na caminhada
A maioria dos entrevistados considerou este tipo de iniciativa extremamente importante para alertar sobre esta problemática ambiental e incentivar a população a uma mudança nos seus hábitos diários. Além disso, segundo referiram, todas as ações, quando promovidas por jovens e bem planificadas, são válidas e pertinentes. Porém, alguns consideraram que a população deve colocar em prática o que aprende, sendo os jovens os principais transmissores desse conhecimento, dentro e fora de casa, tornando-se cidadãos responsáveis, ativos e cumpridores, na medida em que continuam a existir comportamentos menos adequados.
Impacto da caminhada, em termos da política de governação da cidade de S. João da Madeira, relativamente ao eixo ambiental
A Engenheira Ambiental da Câmara Municipal de São João da Madeira, aquando da sua intervenção, referiu que, de todas as ações a desenvolver, no sentido de sensibilizar a população, a caminhada é, sem dúvida, a que tem um maior impacto entre a população, pois envolve muitas pessoas, fazendo todo o sentido participar neste evento, de forma a promover a Educação Ambiental, tendo as escolas um papel crucial na necessária mudança significativa de atitudes para colmatar os problemas ambientais.
Para que se minimizem estes efeitos que se têm manifestado contra o ambiente, é imperativo que se implementem políticas de economia circular e de energia renovável, assim como práticas agrícolas sustentáveis e ainda a criação de infraestruturas resistentes. A cooperação internacional é crucial, para que este problema seja abordado de uma forma ainda mais eficaz. De mais a mais, a consciencialização pública sobre as alterações climáticas será decisiva para a adoção de práticas sustentáveis, incentivando os governos e os cidadãos a tomar medidas mais assertivas e, nesse sentido, não restam dúvidas de que a Educação Ambiental e todas as campanhas de sensibilização desempenharam, desempenham (e desempenharão) um papel vital. Por tudo o que foi exposto, a caminhada do AESL valeu, com certeza, a pena. Mais do que nunca, podemos dizer que só juntos, TODOS, seremos capazes de resolver este problema global.