Fundado por Francisco Fonseca, em 1985, o Grupo Lobo criou dois anos mais tarde o Centro de recuperação do lobo ibérico, situado no concelho de Mafra. Este projeto visa o acolhimento de lobos incapacitados de permanecer no seu habitat natural, contando atualmente com 13 indivíduos distribuídos por 17 hectares.
O lobo ibérico encontra-se em extinção, existindo apenas cerca de 1500 a 2000 exemplares na Península Ibérica, dos quais, 250 a 300 encontram-se em território nacional. O gradual declínio da população de lobo ibérico tem como principais razões o conflito entre o Homem e o lobo, no qual se destacam a caça furtiva e a destruição do habitat. Ao diminuir o número de indivíduos, aumentará, consequentemente, as espécies que são as suas presas, causando um desequilíbrio no ecossistema.
O Centro especializa-se na investigação, conservação e educação ambiental, empenhando-se em desenvolver um local onde “a
prioridade máxima é o bem-estar dos animais”, como foi referido pela bióloga Sara Loureiro. Para o efeito, são tomadas medidas que pretendem simular a vida em liberdade através do enriquecimento alimentar e do planeamento florestal. “Na realidade, a nossa floresta dá mais trabalho do que os lobos”, como citado pela bióloga.
Deste modo, o Centro continua a desenvolver um projeto que incide sobre a proteção da espécie em causa, uma vez que a sua importância é crucial para o ecossistema. A título de exemplo, nos Estados Unidos da América, no Parque Nacional de Yellowstone, a extinção dos lobos levou ao desaparecimento de parte da flora devido ao aumento da população herbívora, tendo em conta que uma pequena alteração na teia trófica provoca graves consequências nos ecossistemas.
Grupo A4
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