CRASM – um porto seguro para muitos animais

montejuntoTriste é ver animais abandonados e feridos em qualquer lugar sem ninguém que os socorra, para impedir estas situações existem centros de apoio aos animais, tal como o CRASM.

Em funcionamento desde Setembro de 2007 o Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Montejunto (CRASM) é um projeto da Quercus. É um dos centros de recuperação de animais espalhados pelo país, com o intuito de dar apoio a animais selvagens que sejam encontrados feridos ou em cativeiro ilegal.

Até ao momento já foram recebidos cerca de 300 animais, dos quais 100 foram recuperados e libertados.Sendo uma associação que integra alguns voluntários, que ali estão para demonstrar a sua preocupação e solidariedade por estes animais que, tal como nós, são seres vivos.

Localizado num lugar calmo e pacato, junto à Serra do Montejunto, reúne as condições necessárias de sossego para uma maior e mais rápida recuperação de que estes animais necessitam. O centro tem o apoio quer por parte de pessoas individualmente, quer de instituições que se queiram associar a esta causa. Uma das fontes de receitas do CRASM reside nos denominados apadrinhamentos dos animais em recuperação. O valor investido no apadrinhamento ajudará nos  tratamentos e alimentação do animal em questão. O padrinho ou padrinhos são constantemente informados sobre o estado do animal e após a recuperação do
mesmo, o padrinho é convocado para a cerimónia de libertação (realizada, normalmente, no local de onde o animal provém).

A maioria das pessoas não sabe como deve proceder quando encontram um animal ferido ou abandonado.

Segundo Alexandra Azevedo (coordenadora do CRASM), deve mantê-lo isolado e não o deixar a seu cuidado muito tempo, nem dar-lhe de comer ou beber, deve contactar imediatamente o CRASM ou a GNR.

No CRASM aparecem diversos casos, desde uns mais graves a outros com  menos gravidade, normalmente os casos que suscitam mais preocupação são atropelamentos e electrocuções. Após dar entrada no centro o animal passa por várias fases: o exame inicial onde se verifica o estado geral de saúde do animal; o internamento, onde se colocam animais que necessitam de cuidados médicos continuados; câmara de recuperação, onde os animais têm mais espaço para recuperar e voltar a fazer a sua vida normal; após estes passos o animal será encaminhado para o túnel de voo, onde se decidirá se estará apto para ser libertado e voltar à sua vida regular.

De salientar que durante todo o processo o contacto com o ser humano deve ser o mais reduzido possível de forma a que o animal se mantenha selvagem e “longe de algumas ameaças”.