Novos mundos, novas experiências
“Litter less campaign”, uma missão pertencente à FEE que associada aos “Jovens Repórteres para o Ambiente” desperta facilmente o interesse de qualquer jovem estudante. Eu e o meu restante grupo não fomos diferentes.
Tive a oportunidade de participar nesta missão pois juntamente com os meus colegas da licenciatura em Saúde Ambiental do 2º ano, candidatámo-nos e fomos felizes através de um trabalho elaborado dentro da categoria “fotografia”. À qual eu me identifico principalmente pelas ideias que formulo para posteriormente obter uma mensagem clara e objetiva através de uma fotografia e também pela minha capacidade de edição de imagens/fotografias com programas para tal finalidade.
Porém, no decorrer da missão, optei por dar o meu contributo na categoria “article data” porque no que toca a recolha de dados para poder posteriormente fazer artigos “estou na minha praia”, pois como estudante da licenciatura em Saúde Ambiental estou constantemente em contacto com esta mesma realidade.
Tive um particular interesse na apresentação da Marlisco, na qual houve um consciencializar sobre as várias tipologias de lixo marinho que existem e que infelizmente a maior parte do lixo existente nos mares e oceanos encontra-se em profundidade, nos fundos marinhos, e aí pouco ou nada se pode fazer.
A exposição sobre fotografia de Koullis Arkatitis, um senhor realmente apaixonado por esta arte, foi deveras interessante e num curto espaço temporal, conseguiu transmitir imensas ideias e sugestões de como tirar uma boa fotografia. Aprendi algo de novo e acredito que se houvesse mais tempo, aprenderia ainda mais.
Uma experiência única, é como descrevo a minha participação nesta missão. O facto de poder interagir com pessoas de outros países, e de conhecer outras culturas é sempre uma ótima experiência. Adjetivo as pessoas pertencentes a esta missão como simpáticas e muito acessíveis, nomeadamente o principal organizador, Michael Ierides.
Refeições muito boas, mediterrânias e com base na cozinha grega, complementadas com a paisagem azul do mar deu-me a hipótese de ter curtos, mas belos momentos, de descanso e relaxamento. Tudo isto, aliado à hipótese de poder mergulhar, pela primeira vez, na água quente, calma, transparente e muito relaxante do Mar Mediterrâneo levou-me a poder desfrutar de um cenário paradisíaco.
Embora as praias que tivemos a possibilidade de visitar tivessem a bandeira azul esteada, só numa era visível uma preocupação maior para com os resíduos, nomeadamente com a reciclagem de embalagens de plástico (garrafas de água). Infelizmente o areal das praias espelha a situação ambiental e atual do Chipre. A areia carregada de inúmeras beatas de cigarros e outras tipologias de resíduos demonstra a despreocupação ambiental dos cidadãos cipriotas. Chipre é então um país que precisa de uma mudança urgente de mentalidade, de modo a mudar o rumo que tem estado a seguir.
Como prova que tal está a acontecer tivemos a oportunidade de visitar uma lixeira, onde os resíduos são despejados sem qualquer preocupação, porém, logo de seguida, tivemos a oportunidade de ver o outro verso da moeda. Um local que demonstrava a preocupação ambiental, onde se fazia a valorização e tratamento de resíduos urbanos, como determinadas embalagens de plástico, determinadas tipologias de metal e outros, como papel e cartão. Mas não se ficava por aí, este local era envolto por aerogeradores, o que demonstra uma aposta em energias renováveis como, neste caso, a do vento. Visto isto, a esperança aparece, e com estes pequenos passos cruciais surge a mudança. Mudança que passa a realidade com o fecho definitivo de lixeiras e com a implementação de locais como centros de valorização e tratamento de resíduos urbanos.
Identifico-me imenso com este género de atividades e com este tipo de iniciativas ambientais. Poder participar ativamente no ambiente, com objetivo de melhorá-lo, tem realmente um grande significado para mim e faz-me gostar ainda mais desta área. Conhecer pessoas e culturas novas faz com que tenha a capacidade de ter uma mente mais aberta e recetiva. Eu, como estudante de Saúde Ambiental, sei que cada um de nós pode fazer a diferença. A realização destas missões ambientais com o intuito de transmitir uma mensagem de consciencialização aos demais, faz com que a mudança ambiental se concretize e se torne realidade.
Orlando Neves
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