Espécies Invasoras: Testemunho e reflexão

A propósito da Semana Nacional sobre Espécies Invasoras, os alunos do Agrupamento de Escolas de Paço de Sousa, no âmbito do Programa Eco-Escolas, foram convidados a enviar fotografias de espécies invasoras, pesquisando também o seu impacto

A propósito da Semana Nacional sobre Espécies Invasoras, os alunos do Agrupamento de Escolas de Paço de Sousa, no âmbito do Programa Eco-Escolas, foram convidados a enviar fotografias de espécies invasoras, pesquisando também o seu impacto. Essa fotografias foram divulgadas na página facebook do Eco-Escolas do Agrupamento de Escolas de paço de Sousa (AGPSOUSA) em https://www.facebook.com/ecoescolas.pacodesousa.7/

As plantas invasoras são plantas transportadas do seu habitat natural para outro local. Elas produzem muitas sementes e crescem rapidamente, ocupando o espaço das plantas autóctones e competindo com estas. As plantas invasoras prejudicam por isso o desenvolvimento das espécies tradicionais e afetam o ecossistema e a biodiversidade.

Na freguesia de Irivo*, existem plantas invasoras tais como eucalipto e a erva-das-pampas, sendo estas muito bonitas. Enquanto que a existência de eucaliptos tem, na maioria dos casos, razões económicas, o caso da erva-das-pampas é um exemplo de que a beleza de algumas plantas tem contribuído para que sejam transportadas para locais diferentes dos de origem, onde adquirem capacidade invasora.

Nas freguesias de Urrô* e de Guilhufe* encontramos muitos eucaliptos, com crescimento muito rápido ate parece que invadem tudo: há 3 anos, houve um grande incêndio que queimou varias espécies de plantas incluindo eucaliptos. Passado poucos meses durante uma caminhada notou-se que os eucaliptos novos já estavam a crescer enquanto que as outras estavam mais atrasadas, o que evidencia o caráter invasor desta planta.

Noutras áreas de residência dos alunos ou em deslocações feitas por eles foram encontradas outras espécies invasoras, cujos nomes comuns são: eucalipto, acácia, erva-das-pampas, figueira-do-diabo e cana- comum. Apesar de terem sido avistadas apenas cinco espécies não diminui o impacto que que elas podem causar. Aquelas espécies foram encontradas em mais do que um sítio e a diversidade de locais onde estas plantas foram avistadas demonstra o impactoque estas podem trazer para os ecossistemas.

É importante conhecer as espécies invasoras, reconhecê-las que o são, para impedir a sua rápida propagação e tentar diminuir o seu crescimento. As espécies invasoras são comparadas a uma forma de poluição que, ao contrário de outras, não cessa quando se elimina a fonte de emissão. Cabe-nos a nós como cidadãos dar a conhecer à comunidade a presença destas espécies e plantar espécies autóctones, como o carvalho.

*Irivo, Urrô e Guilhufe são as áreas de residência dos autores

Diana Vieira, Tomás Martins, Rodrigo Silva