A última década foi a mais quente já registada. Estão ainda presentes na nossa memória os incêndios de 2017, as vítimas mortais, a crescente perda do nosso litoral, tempestades, inundações, sendo ainda previsível que as temperaturas mais altas devam alimentar inúmeros eventos climáticos extremos já em 2020 e no futuro.
A Eurodeputada Isabel Estrada Carvalhais, com a devida salvaguarda, sobre a situação particular das últimas cheias do Mondego, não é totalmente indiferente ao facto de que os agricultores serão, não só, mas possivelmente, os primeiros a sofrer as alterações climáticas, uma vez que naquela zona em particular os prejuízos nas culturas, futuras colheitas e para os agricultores foram elevados.
A crescente consciencialização ambiental e regulamentos ambientais, cada vez mais exigentes, obrigam a uma atenção reforçada sobre as práticas agrícolas e sobre o impacto destas no ambiente, “aí vem o meu papel, que consiste também em ajudar os agricultores, sobretudo aqueles que estão mais reticentes a fazerem estas alterações no seu comportamento”, sublinha.
A decisão de enveredar pelos métodos alternativos da Agricultura Biológica dependerá da necessidade, mais ou menos sentida pelos agricultores, de explorar opções que possam responder satisfatoriamente aos problemas provocados por práticas e técnicas ditas convencionais, mas, também, da confiança de que seja esta a melhor alternativa para o futuro.
Simultaneamente, Isabel Carvalhais reforça que a UE tomou uma série de medidas benéficas para os polinizadores, nomeadamente a proteção dos seus habitats naturais através da legislação da UE relativa à natureza, recuperar comunidades de polinizadores (apoio à apicultura) e restrições à utilização de pesticidas nocivos para as abelhas, “comida vem da agricultura e agricultura depende da polonização.” Do equilíbrio entre a abolição completa de alguns pesticidas e herbicidas e a manutenção dos mesmos níveis de produção de alimentos, surge a necessidade cada vez maior no sentido de não tomar decisões à revelia da ciência, “mesmo quando a ciência nos cria mais dúvidas que certezas, ainda assim é importante para orientar sobretudo o trabalho de um político.”
É importante combater este declínio de diferentes formas na sociedade e com o apoio da ciência.
A Eurodeputada frisou também que a agricultura permanece agricultura na medida em que não se transforma em indústria, respeita a nossa saúde, a integridade do meio ambiente e as paisagens rurais. Apesar de existirem muitas questões relacionadas com a produção agrícola e os impactos por ela causados ao meio ambiente, tem havido uma crescente preocupação com essa questão. Ainda existem muitos desafios, mas certamente essas iniciativas alimentam a esperança de que possamos ter uma convivência mais amistosa com o meio ambiente.
Isabel Carvalhais também vê com otimismo o empenho dos jovens em prol do futuro “não percam o sentido de mobilização e o que está verdadeiramente em causa, é fundamental que persistam nessa luta conscientes da importância do que isso tem para o nosso futuro”, enfatizou.
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