O calcário é uma rocha sedimentar química, e no nosso país a sua extracção é principalmente feita na região da Serra de Aire e Candeeiros. O seu mineral principal é a calcite. Tem origem no meio marinho, quando este passa por perda de CO2. No processo de reposição deste gás existe a formação da calcite e a resultante precipitação desta. Com o passar dos anos forma-se a rocha calcária, excelente para acumular fósseis marinhos que nos mostram hoje os seres vivos e outras estruturas sedimentares, reflexo das condições ambientais existentes na altura em que foi formada.
Convém ainda clarificar que não devemos de confundir calcário com mármore. Calcário é genericamente uma rocha sedimentar constituída por deposição de sedimentos, provenientes de antigas rochas, que depois sofreram a cimentação. Enquanto o mármore é uma rocha metamórfica, que pelo meio de um processo físico e químico foi transformada, sendo antes um calcário que ainda não sofreu orogénese.
Portugal foi o oitavo país na produção de rochas ornamentais no ano de 2010, entende-se por isto, que grande parte da nossa economia tem a ver com a exploração do subsolo através de pedreiras, muitas delas existentes na Serra de Aire e Candeeiros situada na unidade geológica da Orla Meso-Cenozóica Ocidental, que se estende desde Espinho até à Serra da Arrábida. A rocha calcária existente nesta zona tem, normalmente, tons beges claros, com granulidade diversa e com vários elementos espalhados.
Os usos de calcário hoje em dia são variados e vão desde a produção de cimento, cal à correcção do pH do solo para a utilização de campos agrícolas, passando pela fabricação de vidro, a adubagem química e a sua aplicação como pedra ornamental.
Conclui-se que o calcário é muito importante não só para nós, mas também para toda a economia nacional. Esta rocha constitui grande parte da superfície do nosso país, nomeadamente na costa ocidental e arredores.
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