O concelho de Cantanhede possui um vasto património natural que engloba desde extensos areais, a ribeiras, lagoas, pedreiras, florestas e jardins.
No dia 19 de Janeiro de 2013 ocorreu uma forte tempestade, com ventos superiores a 120 km/h e chuva intensa que atingiram uma grande parte deste rico património natural – as florestas. Numerosos pinheiros, eucaliptos e sobreiros foram derrubados. Foram apenas necessárias algumas horas para destruir algo que demorou dezenas de anos a crescer.
É fundamental realçar a importância das árvores pois são estas que sustentam grande parte da biodiversidade e o próprio solo, são elas que armazenam a maior parte do dióxido de carbono, produzem oxigénio, podem estar na base de produtos fundamentais como os medicamentos, fornecem alimento, resinas e madeira que podem ser utilizadas em vários tipos de atividades (principalmente industriais).
No concelho de Cantanhede, a mancha florestal ascende a cerca de 57 % da área total e as áreas cultivadas na Gândara ocorrem, na maioria, em espaços de clareira de mata, beneficiando assim do efeito de proteção dos ventos e da produção de matos e carumas para estrume.
Grande parte das árvores derrubadas não pertence à Câmara mas a particulares. Sabendo que as árvores demoram dezenas de anos para o seu desenvolvimento e tendo em consideração o seu valor ambiental, a sua plantação deveria ser implementada o mais rapidamente possível. Nesse sentido, além de uma sensibilização da população para a importância da reflorestação, torna-se fundamental a existência de apoios por parte das entidades governamentais, pois a população pode não possuir recursos para o fazer e a importância da floresta no concelho de Cantanhede vai além do interesse particular. Para obter mais informações sobre a tempestade ocorrida em Janeiro, foi contactado o Engenheiro Hugo Oliveira responsável pelos serviços de Proteção Civil do concelho. Ficámos a saber que, dos 40 mil hectares que compõem o concelho de Cantanhede, 23 mil hectares são ocupados por florestas.
O temporal não atingiu apenas árvores antigas mas também muitas das árvores recentes derrubando vários milhares de exemplares. Foram os pinheiros, os eucaliptos, as árvores de jardim, os ciprestes e árvores de grande copa que caíram em maior quantidade. No concelho de Cantanhede a existência de grande quantidade de pinhal tem permitido que muitas famílias dependam da exploração da resina tendo este temporal posto em causa a sua subsistência.
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