Irradicar a Erva-das-Pampas, já!

A Cortaderia selloana, vulgarmente conhecida por erva-das-pampas ou penachos, é considerada uma espécie exótica invasora. Representa uma séria ameaça à biodiversidade e está associada ao agravamento das patologias respiratórias nos humanos.

A Cortaderia selloana, vulgarmente conhecida por erva-das-pampas ou penachos, é considerada uma espécie exótica invasora. Representa uma séria ameaça à biodiversidade e está associada ao agravamento das patologias respiratórias nos humanos.

A Cortaderia floresce no verão, sendo capaz de produzir sementes  (até 100.000 em cada pluma feminina) que se dispersam facilmente com a ajuda do vento. Tem uma capacidade de se desenvolver em solos muito pobres, secos e duros, o que impede o desenvolvimento de espécies nativas.  O que distingue bem estas plantas são as suas plumas, penachos ou  inflorescências.

A erva-das-pampas foi inicialmente introduzida como planta  ornamental, por ser bastante vistosa e resistente. Originalmente eram  apenas comercializadas as plantas femininas, impedindo assim a sua reprodução por via seminal. A hipótese mais provável é que, mais tarde, tenha ocorrido a introdução de plantas hermafroditas. A partir do  momento em que os dois tipos de plantas passaram a coexistir, a erva-das-pampas começou a reproduzir-se por semente. Tornou-se, assim, numa espécie invasora altamente prejudicial para os ecossistemas e seres humanos. As plantas hermafroditas são capazes de produzir sementes viáveis, mas numa quantidade muito baixa, pelo que a sua principal função  consiste em doar pólen para a fecundação das plantas femininas.

Nos últimos anos, assistiu-se ao aumento do número de exemplares da erva-das-pampas, principalmente, em zonas onde não há construções. A ocupação da Cortaderia no nosso território é ainda dispersa, preferencialmente, em zonas livres. Existe uma enorme preocupação por parte de investigadores que esta espécie seja irradicada do nosso país, o que é práticamente impossível. Poder-se-á minimizar a sua propagação. Como? Através da adoção de um mecanismo de prevenção, controlo e erradicação da erva-das-pampas. Muitas são já as Escolas que contribuem para o Invasoras.com a monitorização na sua área envolvente.

Existem vários métodos, mas o tradicional é o melhor. É um método efetuado à mão, picão, enxada, picareta, pá grande, pá pequena, luvas, tesoura de poda, roçadora, corta-sebes, guincho  portátil. Consiste em arrancar as plantas com a raiz incluída para evitar possíveis ressurgimentos. Com altas densidades, ou exemplares grandes e dispersos, pode-se desmatar primeiro e depois arrancar as raízes. Poderá ser efetuado em qualquer altura do ano, embora preferencialmente antes da floração. Se for feito durante a floração,  deve combinar-se com o corte de inflorescências.