O Lince-ibérico, um dos mais recentes habitantes do jardim zoológico de Lisboa é o felino mais ameaçado do mundo. Desde meados do Séc.XX os individuos desta espécie têm vindo a diminuir consideravelmente em toda a península ibérica. A escassez do seu alimento, o coelho bravo, é a principal causa da pré-extinção destes carnívoros.
O Jardim Zoológico de Lisboa é o único parque de todo o mundo em que o lince pode ser observado pelo público. Estes animais apresentam: um peso entre 7 e 14Kg, cauda curta, pintas e manchas negras mais do que nas outras espécies de linces, as patilhas são maiores e as extremidades das orelhas possuem tufos de pelo negro em forma de pincel.
O recinto dos linces
Atualmente, o Jardim possui um macho e uma fêmea, que vivem cercados, num espaço semelhante ao do seu habitat natural. Algumas das características deste local são: vegetação mediterrânica como plantas aromáticas (alfazema), carvalhos e azinheiras, que tal como na natureza facilita a sua camuflagem e algum declive no terreno. Para além disto, os tratadores procuram contribuir para o enriquecimento ambiental das espécies de forma a preservar os comportamentos selvagens dos animais tais como: colocação do alimento em zonas de difícil acesso e alguns esconderijos em determinadas zonas do terreno.
O papel do Jardim Zoológico
Ao contrário de outras espécies, este casal não irá ser reintroduzido no seu ambiente natural, uma vez que o macho sofre de epilepsia e a sua sobrevivência no meio selvagem não será viável além de que não será seguro sujeitar as gerações futuras a contrair a mesma doença. Por sua vez, a fêmea que no passado viveu em ambiente natural, deu à luz várias crias num centro de reprodução, deixou de ter a capacidade de se reproduzir e foi cedida ao Jardim. Esta teve um papel muito importante na conservação da diversidade genética da espécie pois ainda transmitiu os seus comportamentos naturais. Portanto, o principal objetivo em acolher estes indivíduos é o de alertar a população para a importância de conservar e proteger estes felinos criticamente ameaçados.
Grupo 6: Ângela Lourenço, Duarte Martins e Raquel Pedro
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