As mais recentes estirpes do vírus Sars-CoV-2 têm vindo a apresentar taxas de transmissibilidade cada vez mais elevadas. Com isto, as notícias das variantes britânica e sul-africana foram recebidas com descontentamento pelos amigos do ambiente, devido às novas posições em relação às máscaras sociais. Estas alternativas apresentam-se como as mais “verdes” no mercado, contudo, o seu uso passou a ser desaconselhado para impedir contágio pelo novo corona vírus.
Os materiais de proteção apontados recentemente como mais seguros são as clássicas máscaras cirúrgicas e as FFP2- ambas, infelizmente, descartáveis, não recicláveis e de uso único.
Contudo, estes não são os únicos golpes de que o ambiente tem sido alvo: parece que atirar máscaras para o chão faz, vergonhosamente, parte do “novo normal” para os portugueses e para o mundo. A poluição gerada por estes comportamentos afeta, simultaneamente, os ecossistemas terrestres e marinhos a
uma escala muito superior ao famoso “só uma não tem mal”.
As repercussões causadas pelo material de proteção são devastadoras: mesmo que apenas 1% das máscaras descartadas incorretamente vá parar ao mar, isto representa 40 toneladas de plástico a inundar os oceanos, estima a WWF (World Wide Fund for Nature). Poluição causada por máscaras descartáveis em Vila Nova de Famalicão.
Donatella Bianchi, presidente da WWF Itália, apresenta um exemplo bastante ilustrativo: só o Mediterrâneo, todos os anos, lida com 570 mil toneladas de plástico. Este número é equivalente a serem lançadas ao mar, a cada minuto, 33 800 garrafas de plástico.
Assim, as ONGAs (Organizações Não Governamentais de Ambiente) deixam um forte e sentido apelo à consciência individual no que toca à poluição.
Cabe agora aos cidadãos uma tomada de consciência urgente para que esta pandemia não deixe na saúde do planeta os danos devastadores que tem vindo a deixar na humana.
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