Existe, cada vez mais, a procura de soluções alternativas ao uso de combustíveis fósseis, que são extremamente poluentes para além dos riscos ambientais que a extração do “ouro negro” implica. Por esse motivo começou a recorrer-se à eletricidade e à mobilidade elétrica, com recurso aos carros elétricos. No entanto, de acordo com o Leibniz Institute for Economic Research, da Universidade de Munique, estes, tal como os carros movidos a gasóleo ou gasolina, não deixam de representar um risco para o ambiente. Para além disso apresentam gastos elevados, não compensando, para já, a sua aquisição.
Os carros elétricos não são, no entanto, a única alternativa ao uso de combustíveis fósseis. Segundo informação veiculada pela Blue Academy, existem também os carros movidos a hidrogénio, que apesar de utilizarem a eletricidade como fonte de energia, fazem uso de mecanismos diferentes para a sua “produção”, através de fuel cells ligadas em série no automóvel, onde é provocada a reação do hidrogénio, presente no tanque de abastecimento do veículo, com o oxigénio retirado do ambiente exterior, que produz energia para o carro andar, libertando vapor de água (Figura 1).
De acordo com a mesma fonte, das vantagens são estas viaturas apresentarem um carregamento de entre 2 e 6 min, não emitirem gases poluentes, apresentarem uma autonomia elevada, sendo que é possível percorrerem até 660 quilómetros sem necessidade de carregamento adicionais. Outro dado particularmente relevante é o facto do hidrogénio ser bastante abundante e não tóxico, sendo igualmente possível armazenar facilmente um grande volume deste gás, não obstante os custos associados. As viaturas movidas a hidrogénio são também silenciosas, contribuindo dessa forma para a redução substancial da poluição sonora.
Contudo, o “Portal das Energias Renováveis” reconhece existirem algumas desvantagens associadas ao uso deste tipo de viaturas, como sejam: o facto de não existirem centros de abastecimento suficientes; o hidrogénio ter de ser mantido no estado líquido; e é um elemento altamente reativo, o que requer alguns cuidados, na medida em que uma eventual negligência pode representar um risco de acidente. Para além disso, o hidrogénio não se encontra isolado na natureza, por isso os métodos para extraí-lo são ainda dispendiosos.
Apesar de não haver emissão de gases poluentes na sua utilização, estes carros continuam a depender de hidrocarbonetos, petróleos e seus derivados uma vez que o ponto de fusão do hidrogénio isolado é de -259.1ºC. Posto isto, para aumentar o seu ponto de fusão, este terá de estar ligado a átomos de carbono, sendo que os custos de produção e de reabastecimento são elevados.
Contudo, a Agência Internacional de Energia reconhece que o hidrogénio será o combustível do futuro energético, limpo e seguro.
Concluindo, atualmente, a principal desvantagem da aquisição destas viaturas, está associada à falta de investimento no que diz respeito aos centros de abastecimento e aos custos no armazenamento e isolamento do hidrogénio. Apesar destas desvantagens, os carros movidos a hidrogénio apresentam bastantes vantagens naquilo que diz respeito à proteção do ambiente, pois, ao contrário dos outros tipos de viaturas, não emitem gases poluentes e a periodicidade de abastecimento é baixa, na medida em que apresentam uma autonomia elevada.
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