Poluição, degradação ambiental e destruição de habitats
O tipo de poluição mais visível e familiar é aquela causada pelo derrame de petróleo em acidentes com petroleiros, que deixa o habitat marinho completamente destruído, afetando todas as espécies nele existente. Porém, comparando com a quantidade total de poluentes que chegam ao mar a partir de esgotos humanos, descargas industriais (produtos químicos despejados pelas indústrias) e dejetos urbanos, a poluição através do petróleo torna-se insignificante.
A WWF (World Wildlife Fund) afirma que “quase todos os organismos marinhos, a partir do plâncton mais ínfimo até às baleias e ursos polares, está contaminada com produtos químicos feitos pelo Homem”. Na realidade, os fertilizantes ricos em nutrientes presentes nos rios provocam a proliferação de algas que empobrecem o oxigénio e sufocam outras formas de vida marinha.
Outra grande ameaça é o aquecimento global. Este contribui para a acidificação das águas dos oceanos. Nos últimos 250 anos, o pH dos oceanos diminuiu 30%, não havendo nenhum sinal de abrandamento. Ora, quando a água se torna mais ácida, é mais difícil os seres marinhos usarem o oxigénio que está presente neste ambiente e que lhes garante vida. Importante será dizer que o aumento de acidez da água é prejudicial a animais marinhos como as lagostas, os camarões, os caranguejos e também os corais pois estes utilizam o carbonato de cálcio como “parte do seu corpo”. Deste modo, estas espécies estão a ser ameaçadas e fazem com que os seus predadores também se tornem ameaçados.
Ainda no âmbito das alterações climáticas, a acumulação de dióxido de carbono na atmosfera provoca o aumento da temperatura da biosfera e, consequentemente, o aumento da temperatura da água do mar. A temperatura é um fator muito importante na distribuição geográfica dos organismos, e possivelmente, até pequenas variações de temperatura na água podem influenciar as várias comunidades de seres vivos. Logo, este aumento de temperatura provoca uma maior distribuição geográfica de várias espécies a partir de migrações de espécies equatoriais e tropicais para latitudes maiores do globo e até mesmo, a extinção de espécies adaptadas a temperaturas mais frias. Seguidamente, o aquecimento da água leva à morte dos corais.
De acordo com a National Geographic, “talvez o organismo oceânico mais vulnerável às mudanças climáticas sejam os corais.” Os corais estão cobertos de algas microscópicas chamadas zooxantelas. Estas sobrevivem e crescem utilizando produtos gerados pelo metabolismo dos corais, como o dióxido de carbono, compostos nitrogenados e fósforo. Por outro lado, estas algas são sensíveis ao aumento da temperatura e a sua vida chega ao fim quando são afetadas pelo branqueamento de corais. Dada a importância vital dos corais aos ecossistemas marinhos (os corais servem de habitat para muitas espécies marinhas), o aumento do branqueamento é um sinal preocupante do que poderá vir a acontecer.
Deste modo, devemos assumir a responsabilidade de cuidar dos oceanos e pôr um fim à destruição da imensidão azul presente no planeta Terra se ambicionamos oceanos limpos e saudáveis.
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