O enriquecimento ambiental trata-se de um processo que tem como objetivo estimular os comportamentos naturais de um animal. Este é importante pois melhora o bem-estar das espécies em cativeiro, evitando comportamentos estereotipados, possibilita (em alguns casos) uma reintrodução na natureza e simula o tipo de vida que teriam no seu habitat natural. Existem cinco tipos de enriquecimento ambiental: social, físico, alimentar, sensorial e ocupacional.
No Jardim Zoológico de Lisboa, o canguru-vermelho (Macropus rufus/Osphranter rufus) e a Ema (Dromaius novaehollandiae), uma ave corredora, partilham a mesma instalação, uma vez que estes, no seu habitat natural, Austrália, coabitam juntos. Este tipo de enriquecimento é social.
Na instalação dos suricatas, existe um solo do tipo arenoso, o que permite a estes animais escavar buracos e construir tuneis. Neste caso estamos perante o enriquecimento ambiental físico e ocupacional. Para o enriquecimento ambiental dos primatas, por exemplo, os seus tratadores fornecem-lhes pinhas com sultanas no seu interior e banana esmagada em seu redor. Em seguida, prendem-nas numa corda que irá simular os ramos de uma árvore e as pinhas, os seus frutos. Este enriquecimento, físico, alimentar e até ocupacional, permite simular a procura/disputa pelo alimento na natureza.
Existe também o enriquecimento sensorial, que consiste em estimular os sentidos dos animais, oferecendo-lhes cheiros e texturas diferentes. No caso dos tigre-da-sibéria (Panthera tigris altaica), são espalhadas plantas aromáticas, para estimular o olfato deste felino. Estes cuidados são quotidianos e realizados com todas as espécies presentes neste Jardim Zoológico.