As cheias provocadas pelo mau tempo, durante o mês de fevereiro, mostraram uma nova realidade nas margens do rio Ave, em Santo Tirso.
O rio Ave já teve dias melhores, há umas décadas atrás. Quando os nossos avós e os nossos pais, em criança, por lá nadavam, era um belo rio para uns belos mergulhos. Porém, com o aumento do desenvolvimento económico e com o sucessivo crescimento de empresas nas margens deste rio, e dos que nele desaguam, estes maravilhosos mergulhos foram, até hoje proibidos.
Há relatos que, de vez em quando, o rio era vermelho… mais tarde azul… outras amarelado. De facto, era verdade, o número de fábricas têxteis ao longo do rio era a causa para estas mudanças súbitas de cor.
Graças à crise, hoje em dia já não é assim. As fábricas começaram a fechar e, com isso, o nível de poluição começou a descer, mas ainda não cessou.
Com o acumular dos anos de poluição, o rio está devastado e ainda há muito que fazer. Com as cheias que se registaram este mês, o nível das águas subiu consideravelmente trazendo à superfície todos os resíduos presentes. As árvores junto das margens ficaram completamente enfeitadas com plásticos e serviram como uma espécie de filtro do rio.
Agora fica a questão… será que fizemos tudo pelo nosso rio?
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