O Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, banhados pelo Rio Mira

O Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina integram o Parque Natural - Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e a Rede Nacional de Áreas Protegida, pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). Extensa zona costeira, que abrange a ribeira da Junqueira, a norte de Porto Covo, no concelho de Sines, até ao concelho de Vila do Bispo, percorrendo os concelhos de Odemira e Aljezur. Entretanto, o rio Mira corresponde a um dos exemplos de excelência. O vale do rio Mira, desde a vila de Odemira até à foz, insere-se no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

 

Rio Mira

Foto de: Portugalsemfim.com

        

O Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina integram o Parque Natural – Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e a Rede Nacional de Áreas Protegida, pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). Extensa zona costeira, que abrange a ribeira da Junqueira, a norte de Porto Covo, no concelho de Sines, até ao concelho de Vila do Bispo, percorrendo os concelhos de Odemira e Aljezur.

            Conhecido, por ser um dos espaços mais importantes do litoral da Europa do Sul, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, desde a sua existência, que se encontra abrangido por diferentes tipos de proteção, segundo o plano de ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

            No ano de 1979 (Convenção de Bona, relativa à Proteção de Espécies Migradoras da Fauna Selvagem; Convenção de Berna, quanto à Proteção da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa, entre outros), 1988 (Reserva Biogenética da ponta de Sagres – S. Vicente), 1999 (parte da área do Parque Natural que obteve classificação de Zona de Proteção Especial da Costa Sudoeste), sendo estas medidas de proteções as mais importantes a destacar.

            De acordo com os dados do plano de ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, com o conhecimento do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, apontam-se em primeiro os principais pontos fortes e em seguida, as principais mudanças relativas ao Parque. Entre eles, o “clima mediterrânico com forte influência marítima”, a “elevada biodiversidade”, “variedade de habitats”, “qualidade paisagística”, “património cultural rico”, “gestão do perímetro de Rega do Mira” – o uso intensivo implica dispêndio de recursos hídricos e altera a morfologia do solo, “solos de boa aptidão agrícola”, “portinhos de apoio à pesca” – atividade económica a necessitar gestão e preservação dos métodos tradicionais, “pesca lúdica/desportiva”, “canoagem e passeios fluviais no rio Mira até Odemira”, etc.

            No entanto, são necessárias melhorias. Desde a “qualidade das águas”, a “utilização de modelos de gestão florestal”, “articulação das atividades de pesca lúdica e desportiva”, “aproveitamento das infra-estruturas de apoio à pesca costeira”, para assim garantir o equilíbrio, o ordenamento do território e a sustentabilidade do Parque.

            Entretanto, o rio Mira corresponde a um dos exemplos de excelência. O vale do rio Mira, desde a vila de Odemira até à foz, insere-se no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.  

            Quanto às suas caraterísticas, este é um rio português, que nasce na Serra do Caldeirão, a uma altitude de 470 m, desaguando no oceano Atlântico, junto de Vila Nova de Milfontes (percurso de 145 quilómetros). A bacia hidrográfica do rio Mira é limitada a norte pela bacia do Sado, a sul pelas bacias hidrográficas das ribeiras provenientes da serra de Monchique e a leste pela bacia hidrográfica do rio Guadiana. Constitui um fraco caudal, cuja área total da sua bacia hidrográfica é de 1800 km2, tendo como principais afluentes a ribeira do Torgal, os rios Luzianes e Perna Seca e os Macheira, Guilherme e Telhar. 

            Para além de apresentar boa qualidade de água, constitui um fluxo de água doce, fortes correntes de maré e boa oxigenação. No entanto, existe um risco que pode comprometer a qualidade, devido não só à proximidade do perímetro de rega do rio Mira, como à possibilidade de aumento das atividades de aquicultura. Os meses de Verão, expectáveis por um aumento significativo da pressão turística, têm continuando a intensificar-se nos últimos anos.

            O litoral consiste na principal atração da região, quer pela beleza do património natural, quer pela diversidade de praias. O turismo balnear continuar a ser a principal atividade da região, algo significativo na economia local. O Parque apresenta assim, uma capacidade para a prática de atividades e modalidades turísticas/lúdicas, nomeadamente, “a observação de fauna e flora, pesca submarina, surf, windsurf, parapente”, caminhas pedestres, entre outras.   

            Contudo, estas atividades não se têm vindo a desenvolver da forma consciente, sustentável e ajustada aos aspetos culturais e naturais desta área, implicando um risco para muitos dos seus valores, numa dialética de interação entre a terra e o mar.

Filipa Murta, Vila Nova de Milfontes, 27/02/2016

Bibliografia:

http://www.icnf.pt/portal/naturaclas/ordgest/poap/popnsacv/resource/ordenam/relat-ambiental

http://www.infopedia.pt/$rio-mira

 

Filipa Murta ,