Por que razão começou a fazer os pacotes?
Muitas vezes, quando iam à loja, as pessoas levavam as suas compras em sacos de plástico. Estes, na maior parte das vezes, iam para o lixo, ou até mesmo para o chão. Para que isto não acontecesse comecei a fazer os pacotes.
Como surgiu a ideia?
Como estou no lar, aqui não há muito para fazer, então decidi começar a fazer os pacotes, também como passatempo.
Qual a finalidade de fazer os seus próprios pacotes?
Muitas pessoas, quando vão à loja, são acompanhadas pelos filhos, netos ou sobrinhos. Estes ficam encantados, quando vêm algum jogador da bola, que conhecem ou admiram. Isso, deixa-me contente, saber que aquilo que faço ajuda a preservar o ambiente e contribui para a felicidade dos outros.
No seu dia-a-dia, faz mais alguma coisa pelo ambiente?
Dou-lhe um exemplo. Aqui no lar temos um botão, que clicamos quando precisamos de ajuda. E, algumas vezes, toco no botão, porque reparo que há luzes que ficam acesas, e ninguém está a usufruir das mesmas.
Consegue dizer-me uma das consequências negativas que o homem poderá ter devido às suas más ações?
O aparecimento de doenças, como a asma ou o cancro do pulmão.
Há pequenos gestos que todos nós podemos fazer e com eles mudar vidas. Está de acordo?
Não podia estar mais de acordo, eu própria faço-o com regularidade. Vou com alguma frequência à Santa Casa da Misericórdia de Santarém, onde se encontram diversas crianças, de todas as idades. Quando lá vou, sou recebida com muito carinho. Faço botas e mantas de lã para as crianças e elas adoram, porque o que para nós pode ser só umas meras botas ou mantas, para elas não são vistas dessa forma. Como as crianças que lá estão têm diversas idades, quando um par de botas já não serve a uma passa para outra.
Como se sente depois de perceber que conseguiu ajudar as crianças?
Sinto-me radiante e feliz.