Passarinhos na Gaiola

Muitas aves migratórias estão a desaparecer e uma das principais causas para tal acontecer são as alterações climáticas, o que é uma grave ameaça não só para a biodiversidade, mas também para o nosso bem-estar. A destruição de habitats e as perseguições humanas também são causas que levam ao desaparecimento destas aves.

Toda a gente, como cidadão, devia-se preocupar com o ambiente e com a biodiversidade, pois é graças a ela que existimos. Infelizmente isso não acontece e o desaparecimento de aves migratórias é a prova viva disso.

Muitas aves migratórias estão a desaparecer e uma das principais causas para tal acontecer são as alterações climáticas, o que é uma grave ameaça não só para a biodiversidade, mas também para o nosso bem-estar. A destruição de habitats e as perseguições humanas também são causas que levam ao desaparecimento destas aves. O que também tem acontecido é que, por causa da disponibilidade de alimentação e das alterações climáticas, aves que eram migratórias passam a residentes, como se nota por exemplo, nas rolas comuns que adotaram as árvores da nossa escola para viverem e também numa boa parte da população da cegonha branca, que já é visível no norte do país. O que é curioso, uma vez que as cegonhas brancas costumam ser leais aos locais onde fazem a nidificação. Outra situação é a das aves serem caçadas ilegalmente como os pintassilgos, os gaios e mesmo os melros para a satisfação pessoal ou para venda. E outras ainda, acabam envenenadas, principalmente por ingerirem alimento contaminado por agroquímicos, como a lavandisca (alvéola), outrora muito abundante na nossa região.

Tudo isto é preocupante, pois não estamos a falar de uma ou duas aves, mas sim de milhares ou milhões.

Já imaginaram o que seria do mundo sem diversidade? Porque é exatamente isso que a biodiversidade é: diferença, desigualdade. Já pensaram se nós fossemos todos iguais? Por isso, não matem quem é diferente.

Para reconhecer a importância das aves migratórias na biodiversidade as Nações Unidas adotaram o 11 de maio como Dia Mundial das Aves Migratórias.

EB de Moure e Ribeira do Neiva

Hotel de Insetos – EB de Moure e Ribeira do Neiva

Também nós podemos agir criando reservas e parques que sejam bem fiscalizados e bem geridos. Podemos sensibilizar as pessoas a não matar as aves, até porque algumas delas são aves já muito raras e fundamentais no equilíbrio dos ecossistemas. Podemos pedir, por exemplo, às pessoas que têm terreno à volta da sua casa para criarem abrigos de madeira, comedouros, ou ainda, construir hotéis de insetos, para atraí-los e servirem de alimento para aves, como se faz minha na escola. Podemos fazer campanhas de sensibilização para as pessoas saberem sobre o desaparecimento destas aves, dizer às pessoas para não abaterem árvores que tenham ninhos e informá-las que podem encaminhar as aves que se encontram feridas para centros de recuperação.

Cada animal tem a sua função no planeta para o manter em equilíbrio e as aves migratórias não são exceção: se não fossem as de rapina nós teríamos o mundo “infestado” de ratos e ratazanas, se não fossem as granívoras, o banco de sementes seria muito menor e se não fossem as insetívoras, que também são aves migratórias, nós estaríamos cheios de insetos e pragas na agricultura, por isso devíamos estar gratos por existirem animais como elas e em vez de as matar ou fazer-lhes mal, tratar bem delas.

Diana Cerqueira Macedo de Azevedo