A vida entre rodas tem vindo a mudar substancialmente e a troca do carro convencional pela bicicleta inovadora é uma realidade cada vez mais presente. No entanto, o que têm feito as autarquias para acompanhar este avanço? As ciclovias estão a mudar Portugal e já não são apenas uma simples moda.
Em Lisboa, o investimento em ciclovias aumenta ano após ano, com a criação de parques para bicicletas, ruas próprias e até com a redução da velocidade limite em ruas mais movimentadas por cidadãos. Já em Sintra, o panorama é muito parecido. O investimento em ciclovias, vias pedonais e em equipamentos relacionados com a prática velocípede é cada vez maior.
Embora esta aposta das autarquias seja cada vez maior, o caminho das bicicletas não é recente, visto que a opção de viajar neste meio de transporte constitui inúmeros benefícios para o meio ambiente, como a redução da poluição, a redução de problemas de saúde, a maior socialização e o maior contacto com a natureza.
Mas será que as ciclovias vieram para ficar? Segundo dados recentes e tendo em conta o investimento das autarquias, a resposta é afirmativa. No entanto, existem vários locais do país onde esta realidade ainda não começou ou apresenta graves falhas de manutenção. Assim, o panorama do país caminha para um futuro cada vez mais verde, através da criação de ciclovias, promovendo o bem-estar físico e psicológico, contribuindo para um planeta mais sustentável.
Em termos económicos, a produção de bicicletas beneficia em muito os produtores e, essencialmente, os compradores, porque para além de estas serem mais baratas que os carros, são constituídas por menos materiais, ocupam menos espaço e contribuem para o bem estar físico e para a redução dos acidentes rodoviários.
Em termos ambientais, as bicicletas contribuem para a redução da poluição, quer do ar, quer do espaço envolvente, uma vez que estas são de menor tamanho. Na prática, um carro equivale (em média) a 8 bicicletas.
O plano de uma ciclovia até poderia ficar pela sua regionalidade, mas com o avançar dos tempos, a ordem dos trabalhos avança com a ideia de ligar algumas das ciclovias entre si. O Fundo Ambiental, em 2021, pretende ligar as ciclovias que cobrem os concelhos da Amadora e Odivelas, Amadora e Sintra e entre Odivelas e Loures, a fim de contribuir para o desuso dos carros e a aposta nas bicicletas, diminuindo o tempo das rotas entre locais e contribuindo para a redução do fluxo rodoviário. E para sair um pouco desta centralização lisboeta, este fundo pretende também ligar as ciclovias entre a Covilhã e o Fundão.
Com o decorrer do desconfinamento, fruto da pandemia da Covid-19, o fluxo pelas ruas aumentou substancialmente e a aposta em bicicletas aumentou bastante, contribuindo para a prática de mais exercício físico e para a união de famílias reunidas em grupos de bicicletas, colaborando para o bom funcionamento de uma cidade sustentável.
Para acompanhar esta tendência, Lisboa lançou, em 2020, o programa de financiamento de bicicletas, a moradores e estudantes do concelho, com vista na promoção do uso de bicicletas, em complementaridade com o uso dos transportes públicos, benéficos para o ambiente. Em breve, mais concelhos poderão adotar esta medida, que visa o bem-estar geral de todos.
Pedalar para percorrer, é caminhar pelo mundo mais verdade. E Portugal não é exceção.
(Imagem capa: Wikipedia Commons – Avenida da Liberdade, Lisboa)
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