Sendo este um evento no qual as tecnologias possuem grande destaque, podemos encontrar logo aqui um obstáculo à sustentabilidade. Refiro-me ao uso excessivo de energia utilizada pelas mesmas, em ambientes de animação, como os jogos de luzes e a reprodução de jogos e outras atividades em diversos ecrãs espalhados pelo evento. Podemos ainda contemplar que, no pavilhão concedido para este evento, visualiza-se uma escassez de caixotes de lixo e contentores para a reciclagem, tanto no seu interior como no seu exterior (praça da alimentação). Apesar disso, pode-se ainda observar que existem pessoas ao redor responsáveis por limpar o espaço e deixá-lo mais organizado, mas não é o suficiente para que este seja sustentável, pois existem muitas zonas onde podemos encontrar beatas espalhas pelo chão e que não chegam a ser apanhadas.
É na praça da alimentação que se pode encontrar também algumas lojas de comida. Muitas delas têm ajudado a diminuir o consumo de plástico substituindo-o por cartão e papel, mas
continua existindo muitas que continuam a usar o plástico ao venderem os seus produtos. Já na questão das lojas que se encontram dentro do evento, é possível observar uma quantidade excessiva do uso de plásticos nos produtos à venda. Muitos destes são simplesmente deitados ao chão e/ou não são reciclados. Nem todas as lojas exageram no plástico, mas aquelas que se focam mais na venda de figuras e outros objetos continham, na sua maioria, fita cola nas suas montras sendo estas, posteriormente, descartadas. Para além disso, consomem todos os dias quantidades enormes de plásticos nos seus produtos, ao qual nem sequer conseguimos imaginar.
Com isto é possível concluir que a Lisboa Games Week demonstra traços e tentativas de sustentabilidade, porém sem completo sucesso.