O primeiro evento sustentável em Portugal que apostou na mobilidade, na componente social, na redução dos consumos de energia, no melhor tratamento dos resíduos e na compensação da pegada carbónica. Por estes motivos, desde 2014 o Rock in Rio (RIR) é certificado com a ISO 20121.
Sendo um dos maiores festivais de música internacional, o RIR celebra, em 2016, a sua 30ª edição. Idealizado por Roberta Medina, o evento cresceu de forma muito significativa desde a sua primeira edição, em 1985, no Rio de Janeiro. Para além da diversidade de artistas que o festival traz aos lugares onde é organizado, preocupação social e ambiental torna-o excepcional e único.
Entre os vários projetos sociais associados ao RIR Portugal, destaca-se o “Fadas Madrinhas”, um projeto que resultou da parceria entre a AMI, Rock In Rio, SIC Esperança e Dress for Success. Tratou-se de uma iniciativa que visou contribuir para a independência económica e social das moradoras do bairro das Flamengas, localizado na envolvente do recinto. Trabalhar no Rock in Rio, foi uma das oportunidades oferecidas a estas mulheres (que foram objeto de seleção de um total de 60 inscritas).
A Pegada Carbónica é compensada
Em 2012, o RIR foi o primeiro evento nacional que beneficiou da oferta de um parque de bicicletas, incentivando o uso desse modo de transporte. Todas as edições, o RIR procura oferecer várias alternativas de mobilidade no sentido de reduzir o uso do transporte pessoal e da pegada carbónica do público. Neste sentido, todos os anos são estabelecidas diversas parcerias com o Metro de Lisboa, CP e Carris, entre outras.
Um dos problemas ambientais inerentes a tipo de eventos, que invocam a atenção pública, é a excessiva emissão de CO2, algo que a organização tenta combater, pois é um dos pontos mais importantes do seu plano de sustentabilidade.
Neste sentido, na edição de 2016 está a decorrer o Amazónia Life, um projeto social inovador em Portugal, que visa a plantação de 1 milhão de árvores na selva da Amazónia em cerca de 400 hectares de área afetada pela desflorestação. Apesar de ser garantido o primeiro milhão, o projeto procura atingir o ambicioso objetivo das 3 milhões de árvores.
Os Resíduos também são pensados e tratados
São geridos através do estabelecimento de uma parceria entre a Sociedade Ponto Verde, a Câmara Municipal de Lisboa e a Valorsul, e traduzem-se numa taxa de reciclagem aproximada de 70%. A organização do festival, impõe o cumprimento de um conjunto de medidas, nomeadamente a utilização de copos feitos de polipropileno que são maioritariamente recicláveis. por parte dos fornecedores.
Também está prevista a doação de material a várias entidades no fim do evento, bem como das sobras alimentares através da ReFood e Dariacordar, que já conseguiu distribuir 10.000 refeições em Lisboa e Las Vegas.
São estes e outro tipo de projetos que deram ao RIR pela primeira vez no mundo, o certificado de evento sustentável. Esta certificação é apenas o reconhecimento das práticas e projetos realizados desde 2010. Como foi dito por Roberta Medina, este “é o coroar de todo o trabalho realizado” nos últimos anos.
Em suma, o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em todas as edições, e em particular na de 2016 em prol das questões ambientais e sociais, tem contribuído para a consolidação de uma reputação e imagem do RIR assente na sustentabilidade e materializada na certificação ISO 20121.
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