O parque, que é classificado há uma década como monumento nacional e que integra a Zona Especial de Proteção (ZEP), foi a principal rede de abastecimento da cidade entre o século XV e o XX. Contudo, a partir do início do século XX, tem vindo a ser objeto de sucessivas discussões quanto à sua utilização e consequente preservação ambiental.
Um dos principais projetos que constituiu uma ameaça a este património foi o projeto “Variante à Estrada Nacional 103 em Gualtar” que exigia o consumo de uma elevada área de solo (pavimentos, viadutos, aterros, etc…) com consequências ao nível da qualidade do ar e do ruído. Implicava ainda a destruição do coberto vegetal, fator que favorece a ocorrência de fenómenos de erosão do solo e de introdução de sedimentos nas linhas de água. Consciente dos impactos negativos desta obra e com o intuito de tornar o espaço um local de lazer, através de “um movimento de cidadania” organizaram-se sucessivas manifestações, marchas e petições, o que resultou na anulação do projeto e consequente suspensão do PDM – Plano Diretor Municipal de Braga em janeiro de 2014.
Em junho de 2015 a Assembleia Municipal aprova a proposta da 2.ª Revisão do PDM e são feitas obras de restauro e conservação das Mães de Água e Minas.
Em 2020, a Universidade do Minho começa a desenvolver estudos hidrogeológicos, arqueológicos, urbanísticos e paisagísticos que comprovam a “qualidade das águas”. Os mesmos servem ainda de suporte ao Plano de Urbanização das Sete Fontes e de alteração ao PDM tendo sido este aprovado em junho do mesmo ano. Em julho de 2020 inicia-se a discussão pública do plano de urbanização e finalmente a aprovação do PDM para a Área das Sete Fontes.
Este novo projeto só será possível graças a um investimento da Câmara Municipal ao readquirir os terrenos “ainda privados” e da contratação de uma equipa multidisciplinar permitindo a construção de infraestruturas de suporte ao novo parque.
O novo parque, com 30 hectares, tem como objetivo idealizado ser um espaço de lazer, harmonizando as construções já existentes, nomeadamente o Núcleo das Gémeas e Núcleo da Memória, com passadiços e criação de um novo núcleo – O núcleo da Mata. Em segurança, a população bracarense pode-se apropriar do parque, desfrutando de momentos em família ou sozinhos num espaço florestal.