A plantação de árvores tem sido apontada como uma solução para mitigar os efeitos do aquecimento global. Um grupo de alunos do Eco-escola realizou uma ação de reflorestação no Monte do Picoto, em Braga (onde foi criado recentemente um Parque Urbano de Floresta Autóctone), no dia 23 de janeiro. Iniciativa esta que também permitiu observar uma importante obra de arborização que a Câmara Municipal de Braga decidiu abraçar, como forma de marcar uma atitude para lutar contra alterações climáticas e prosseguindo o objetivo do desenvolvimento sustentável. O novo Parque Urbano de Floresta Autóctone foi elaborado em 2018 contando com a plantação de 2000 árvores autóctones.
Apostando em medidas de desenvolvimento sustentável para a cidade, a Câmara Municipal de Braga decidiu criar um projeto de arborização do Monte do Picoto, visando a criação de um Parque Urbano de Floresta Autóctone. Esta ação tem por base a eliminação de espécies invasoras (como o eucalipto) e a criação de um espaço de lazer, numa adaptação do território às alterações climáticas. Contribuindo para o desenvolvimento sustentável, a autarquia continuará também a requalificação de um espaço aprazível e de localização privilegiada na cidade. O projeto foi motivado pelo incêndio de 15 de outubro que em 24 horas consumiu mais de mil hectares e obrigou a que se repensasse a floresta.
Este momento foi o ponto de ignição deste vasto projeto que promete mudar a relação entre a cidade e a floresta. Sendo a escola o lugar de excelência para os jovens assumirem o seu papel de cidadão do século XXI que, intervindo na sua região, procura resoluções para problemas mais globais, alunos e professores da EB 2,3 André Soares, a convite do Eco-Escolas, decidiram intervir.
Nasceu então, no ano letivo 2017/18, o projeto «Árvores para o Futuro», cujo objetivo final era ajudar a reflorestação da área ardida da cidade. Iniciou-se pela sementeira em vasos nas aulas de OC (Oferta Complementar) em articulação com as disciplinas de Ciências Naturais, Português e a Biblioteca Escolar.
Foi necessário esperar que as árvores atingissem a robustez suficiente para o transplante, bem como certificarem-se de que este seria realizado na época ideal. A equipa do Eco-escolas, no âmbito do tema Florestas, e em parceria com a Câmara Municipal de Braga (departamento do ambiente), ajudou a selecionar o espaço a arborizar – sopé do monte picoto, que faz parte da área envolvente da escola.
Para finalizar o projeto, as turmas 9ºF e 9ºG deslocaram-se ao local, no dia 23 de janeiro, para proceder, então, ao transplante, para o solo, de exemplares de espécies autóctones: sobreiro, carvalho, azevinho, medronheiro. Espécies estas que constituem uma mais valia na melhoria da composição da floresta portuguesa, pois não só são mais resistentes às alterações climáticas, como também aos incêndios florestais.
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