De acordo com o perfil de água balnear estabelecido pela APA-ARH (2013), trata-se de uma linha de água sujeita a poluição de curta duração, verificando-se com frequência o arrastamento de detritos e matéria orgânica que pode durar até dois dias. Este arrastamento está eminentemente associado a fenómenos de assoreamento, ou seja, está sujeito a um processo de acumulação de detritos e entulho depositados no rio, que reduz o seu caudal e conduz à perda de biodiversidade marinha.
Nas margens do rio são vários os terrenos utilizados para a prática de atividades agrícolas intensivas. A tentativa de rentabilização dos terrenos tem associado diversos problemas ecológicos, que conduzem a processos de eutrofização e à proliferação de canas, colocando em risco as espécies autóctones como o Choupo. A poluição do leito do rio Lizandro e a degradação da vegetação ripícola assumem-se como duas das maiores ameaças à biodiversidade local.
Para minimizar os impactes negativos associados aos fenómenos climáticos extremos (seca e cheias), foi construída em 2015 a Estação de Tratamento de Águas Residuais da Foz do Lizandro, que melhorou significativamente as condições ecológicas deste ecossistema ribeirinho. Paralelamente, a Câmara Municipal de Mafra, no âmbito de uma candidatura ao Fundo Ambiental, tem vindo a promover a remoção dos resíduos no leito do rio e da remoção das canas através de herbicidas. Este processo encontra-se numa primeira fase, que está previsto terminar em 2018. Na fase seguinte é fundamental a participação ativa dos agricultores, na tentativa de incentivar práticas agrícolas mais sustentáveis. Algumas das medidas a tomar estão relacionadas com a substituição de produtos agro-tóxicos, como os herbicidas, controle das queimadas e a rotação de culturas.
A intervenção no vale do rio Lizandro é fundamental para assegurar a manutenção da bandeira azul na praia da Foz do Lizandro, que tem vindo a ser alvo de uma atividade turística cada vez mais intensa.
Grupo A1
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