Um cidadão consciente e ambientalmente educado reúne a argumentação e as condições necessárias para, além de tomar as melhores escolhas em relação ao consumo sustentável, pressionar governos, empresas e representantes da sociedade a tomarem decisões e posturas mais viáveis a nível ambiental.
Este ano o Projeto Parlamento Jovem invoca os jovens estudantes portugueses do ensino básico e secundário para o tema “Alterações Climáticas” com o fim de promover a educação para a cidadania, a prática de ações verdes, o debate democrático e o respeito pela diversidade de opiniões, incentivando os jovens para uma participação cívica e política mais ativa, bem como dar a conhecer aos alunos as regras e normas de funcionamento da Assembleia da República.
Mal começaram as aulas na Escola Básica e Secundária Dr. Ângelo Augusto Da Silva, situada no Funchal, alunos do ensino básico e secundário desta escola embarcaram nesta grande aventura sob a coordenação do professor Agostinho Soares, tendo como ponto de partida a formação de listas para o Parlamento Jovem. Foram realizadas algumas reuniões e conferências de caráter ambiental dinamizadas por profissionais, entre os quais professores e deputados, como foi o caso da deputada Rubina Berardo, do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República, e do deputado Rafael Nunes, do Grupo Parlamentar do JPP na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, de forma a proporcionar a informação necessária aos participantes que teriam de elaborar três medidas (cada lista) referente às “Alterações Climáticas” e ao subtema “Salvar os oceanos”, no ensino básico, e “Reverter o Aquecimento Global” no secundário. De forma sequencial realizaram-se as votações das listas candidatas, chamando à participação de toda a comunidade estudantil, até que chegou a hora da Sessão Escolar. Nesta debateram-se as medidas já elaboradas e realizaram-se novamente votações, mas desta vez entre membros das listas, para eleger os jovens que representariam a respetiva escola na Sessão Regional e quem concorreria à Presidência da Mesa. Logo procedeu-se à elaboração de forma consensual do projeto de recomendação que seria levado pelos deputados eleitos à Sessão Regional na Madeira.
Com o intuito de reverter as alterações climáticas surgiram ideias de ordenamento do território relativas à ação antrópica e ao ecossistema natural; de adoção de políticas de consciencialização ambiental; de aproveitamento de forma mais eficaz dos recursos renováveis que estão à disposição humana; de isenção de poluição. Estas ideias enquadram-se numa educação ambiental que de certa forma é pretendida neste ano letivo, no âmbito curricular das diversas disciplinas frequentadas pelos alunos.
Incentivar as pessoas para a adoção de ações de cariz ambiental é defender um maior equilíbrio entre as sociedades humanas e o ambiente. Preservar e cuidar da flora e da fauna enquanto património nacional; defender um regime florestal mais eficaz; preferir o consumo de energias renováveis; diminuir a poluição, o consumo excessivo, entre outras ideias emergentes deste projeto, vão de encontro à necessidade de um desenvolvimento sustentável. A intervenção antrópica, podendo provocar graves perturbações nos ambientes naturais, está a agravar as consequências de fenómenos catastróficos. A ocupação de grandes áreas da superfície terrestre por populações humanas desencadeia uma pressão sobre o ambiente que pode levar ao desequilíbrio dos ecossistemas e, como consequência, emerge em alterações climáticas, importante temática do séc.XXI, que evidencia um maior interesse global em torno das questões ambientais.
Quando os alunos envolvidos este ano letivo no Projeto Parlamento Jovem foram questionados sobre que conclusões poderiam tirar relativamente à problemática das alterações climáticas, nomeadamente sobre reverter o aquecimento global e salvar os oceanos em sociedade, destaca-se o comentário de uma das alunas:
“O que posso concluir? Concluo que, se todos os países se envolverem e se comprometerem, é possível lutar contra o aquecimento global. É necessário combater esta problemática agora, sem olhar a custos, pois caso o planeta aqueça apenas 1ºC não haverá investimento que reverta os danos causados.” (Micaela Jesus, 12º ano Turma 1).
Desta forma, todas as iniciativas de cariz ambiental, tais como a participação no Projeto Parlamento Jovem, são essenciais para incutir nos jovens um interesse cada vez mais emergente e interveniente em torno desta problemática ambiental que afeta Portugal e todas as nações a nível mundial, uma vez que serão estes jovens os cidadãos que hoje e amanhã poderão, com as suas intervenções na sociedade, modificar as atitudes desta, no sentido de reverter o aquecimento global e salvar os oceanos.
You must be logged in to post a comment.