No dia 20 de Maio do Rock in Rio Lisboa, na sua 7ª edição, foi possível falar com Roberta Medina, uma das organizadoras e filha de Roberto Medina, o fundador do Rock in Rio. Através desta entrevista percebeu-se a visão da organização do RIR do ponto de vista sustentável.
Qual é a sua opinião sobre a evolução do evento nos últimos anos em termos de sustentabilidade?
– Olha felizmente super bem, a gente em 2013 acho que atingiu ali um ponto alto que foi a certificação da ISO 20121, foi uma alegria muito grande perceber que tinha tudo feito, que faltava documentar, que muitas empresas têm o desafio de dentro, que às vezes documentar e que falta fazer, executar, e a gente teve a alegria oposta já tinha muita coisa feita. Então a gente veio a pensar. Que a gente está muito comprometida, o bom da ISO é que ela exige um compromisso real de evolução de ano a ano então a gente tem muito trabalho interno que muita gente não percebe, por exemplo, esse ano tem uma coisa bacana acontecendo com a Vodafone Smart Series, que é a medição do consumo de energia, de abastecimento de água a gente consegue ter a certeza se está desperdiçando energia de algum lado ou outro, por exemplo tem dois geradores num lugar, será que é preciso ou não? Se pode ser de menor potência? Coisas muito simples que a gente vai fazendo a diferença muito no final, e todo o trabalho de compensação de emissão, de reaproveitamento de resíduos, doação de alimentos, a gente este ano lançou um projeto muito grande que é o Amazona Live onde a gente está se comprometendo com a plantação de 1 milhão de árvores e vamos estar falando do combate às alterações climáticas daqui até 2019, fazendo um grande show flutuante na Amazónia para chamar a atenção do mundo para o sul, estamos ai animados!
O que é que acha que ainda pode fazer para melhorar o desempenho sustentável do evento do Rock in Rio?
– Olha a gente está focado nisso, e é um aprendizado do dia a dia, e na verdade tem um processo que é evolução do próprio mercado. Lembro lá trás discutir botar iluminação em LED, era inviável financeiramente, hoje tem coisas que já são viáveis. Tem uma coisa da própria evolução do mercado, a gente quis usar biodiesel, ficamos dois meses com o fornecedor preparando os geradores, sai um escândalo nos jornais. Aqui na Europa, lembra à uns anos atrás “Ai o biodiesel tira a comida das pessoas”. O biodiesel a gente podia dizer a BP comprova que vem do lugar certo, mas, enquanto e como projeto de comunicação a gente não podia botar fogo né, lenha na fogueira como dizem, o assunto estava super polémico, a gente entra cara, cancelamos dois meses de trabalho, joga fora. Então a gente vai, a gente fica muito atento ao desenvolvimento do mercado para poder trazer para um evento dessa dimensão, a gente tem restrições e pega o Boom Festival. Ele consegue ir muito mais longe pela dimensão do evento, a gente tem restrições reais, mas que tem melhorado muito felizmente.
Qual é o próximo país onde se vai realizar o Rock in Rio?
-Argentina, próximo país provavelmente é a Argentina.
Com estas declarações percebemos que há uma preocupação presente da organização no desempenho sustentável do evento e uma visão de futuro de evoluir ainda mais nesse sentido.
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