Um festival de música com a dimensão do Rock in Rio necessita de público com energia, um público vibrante, e para tal é necessária a energia dos alimentos. Um festival como este tem uma panóplia de marcas do ramo da alimentação, o que torna a decisão de escolher onde lanchar, jantar ou simplesmente petiscar um pouco difícil.
Os alimentos em foco hoje em dia têm fundamentalmente um lugar prático na vida da população, e neste tipo de evento essa importância nota-se ainda mais, já que as pessoas estão num ambiente mais descontraído e uma alimentação cuidada e regrada acaba por não ser uma prioridade.
Junto dos vários stands de restauração, é possível constatar que os ingredientes mais utilizados nos diversos menus são as carnes, os fumados e o pão. Na sua generalidade, são constituídos por alimentos com elevado valor calórico, que em nada promovem uma alimentação saudável. Para acompanhar a sua refeição os consumidores optam preferencialmente pela cerveja (uma bebida prejudicial para a saúde). Uma outra situação que potencializa o aumento da venda de cerveja é o reduzido número de fontes com água potável. Verifica-se que os consumidores acabam por preferir comprar bebidas alcoólicas e refrigerantes a água. Outro facto que leva à inquietação dos mais atentos e interessados está relacionado com a quase ausência de menus vegetarianos. Apenas um reduzido número de restaurantes apresenta um único menu sem carne. Contudo não se revelam muito satisfatórios na medida em que são menus improvisados – os vendedores apenas retiram a carne do menu original.
Atentando em questões ambientais relacionadas com os stands de restauração levantam-se perguntas que podem levar a problemáticas relacionadas com a saúde e o ambiente. Uma vez na fila para adquirir uma refeição é possível sentir os cheiros fortes e incomodativos da comida. Existe ainda a questão do pó que se levanta no ar pois o vento é um agente constante. É possível concluir que as condições higiénicas adotadas podem não ser as mais eficientes já que a poeira pode contaminar os alimentos expostos sem qualquer proteção. Outra questão muito pouco sustentável é a utilização de muitas embalagens para a venda das refeições. Apesar de em muitos casos serem recicladas, acaba por ser excessiva a quantidade de plástico, papel e cartão utilizada.
O público apresenta uma opinião muito sucinta e despreocupada com a variedade e quantidade de alimentos à disposição. A maior parte dos visitantes afirma que optam por comer nos stands, acabando quase sempre por escolher fast food. Há sempre a grande vantagem de poderem consumir a sua refeição enquanto assistem a um concerto. Outro grupo de pessoas prefere trazer comida de casa com o intuito de não despender dinheiro – o público entrevistado considera os preços praticados muito elevados – e também para fugir às longas esperas. O consenso geral é que não existem muitas opções alimentares saudáveis. É de realçar que o sushi é o prato mais saudável segundo os elementos do público. Na verdade, o que se procura é a simplicidade porque o prato mais apetecido é o divertimento.
Grupo 3: Carlos Gonçalves, Guilherme Antunes, Raquel Lopes, Sara Cascais
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