O primeiro modelo de televisão, era chamado de «tubo», graças ao seu tubo catódico, utilizado para projetar cores em pixel e formar imagem na tela revestida de fósforo. Mais tarde surgiram as lâmpadas fluorescentes de cátodo frio, e lâminas de vidro que protegem a lâmina LDC. Ainda depois, chegou a chamada TV plasma, que trouxe a tecnologia de gás xénon e néon nos pixels, consumindo mais energia.
No entanto, as televisões mais recentes, são as chamadas TV LED, estas utilizam minúsculas lâmpadas, que consomem menos energia, e são as únicas a projetar a cor preta.
Com base neste tema, realizou-se um questionário a 22 pessoas de diversas faixas etárias, que apesar disso apresentavam um conhecimento neste assunto muito semelhante.
Depois de uma análise às respostas, foi possível concluir que a maior parte das pessoas tinha uma vaga ideia de que as televisões eram compostas por diversos elementos químicos, e de que estas tinham consequências no ambiente.
Mas já lhes era mais desconhecido, a quantidade de metais que está por detrás destas, que gira em torno de 27 metais (10-30), estando dentro destes os chamadas «metais pesados» que trazem graves consequências ao meio ambiente.
É verdade, a lista de metais para produzir uma televisão parece uma grelha de programação:antimónio, bário, alumínio, berílio, chumbo, cobalto, cobre, estanho, estrôncio, ferro, gálio, germânio, índio, manganês nióbio, ouro, paládio, platina, potássio, urânio, silício, tântalo, titânio, tungsténio, vanádio, zinco e elementos do grupo das terras raras.
Para extração destes, recorre-se essencialmente a minerais, apesar de ser possível por vezes obter-se certos elementos químicos, em plantas, restos e vestígios de animais e até mesmo em águas naturais, como o silício.
Alguns exemplos de minerais, de onde estes metais são extraídos:
- Berilo– para extrair o berilo; (figura 1)
- Galena– para extrair o chumbo, metal utilizado para as lâmpadas LED, explorado na China, Austrália, USA, Peru, México, Canadá, Índia, Polônia, Rússia, Suécia, Irlanda e África do Sul; (figura 2)
- Estibina– para extrair antimónio; (figura 3)
- Manganés– para extrair manganés, outro metal também utilizado para as lâmpadas LED, explorado na África do Sul, Austrália, China, Gabão, Brasil, Índia, México e Ucrânia (figura 4).
Depois da análise deste questionário, também foi possível perceber-se que a maior parte das pessoas é consciente de que as lâmpadas LED são algo em que se devia investir.
De acordo com o Professor Doutor José Brilha, da Universidade do Minho, vale sim a pena investir nas lâmpadas LED, sendo que estas consomem menos energia elétrica do que as outras, sendo mais favorável para o bem-estar do nosso planeta.
É importante, referir também que as Terras raras e o Európio têm um papel importante na constituição da televisão, sendo o Európio utilizado no fabrico de materiais fluorescentes para recetores da televisão e como absorvente de neutrões em centrais nucleares, as Terras Raras desempenham um papel importante na televisão a cores.
O Európio é um metal raro e o mais reativo do grupo dos lantanídeos, reagindo rapidamente com o oxigênio e água. Foi descoberto na Europa, Paris, pela primeira vez, daí o seu nome. Este elemento pode ser extraído da areia monazítica e na gadolinite.
A primeira aplicação técnica deste elemento, foi na produção de vanadato de ítrio dopado com európio, que está por detrás da televisão a cores.
Nas minas extrai-se monazite e bastnaesite, e mais tarde parte-se desses minerais para a separação de Terras raras via troca iónica, extração do solvente ou deposição eletroquímica. Sendo que, na etapa final do processo o óxido de európio de alta pureza é reduzido com lantânio metálico ao metal e sublimado.
Para concluir, já foi referido várias vezes nesta reportagem, que este tipo de equipamento (televisões) podem ter e têm impactos negativos no ambiente, sendo que todos os seus modelos possuem na sua constituição metais pesados, que se fixam principalmente nos solos e podem ser poluentes da água e de alimentos, e além disso podem também ser transportados pelo ar através das partículas em suspensão, podendo contaminar o Homem em via aérea.
Outro ponto importante é o tempo de decomposição das televisões, que está estimado entre 3 a 6 meses. E, visto que a maior parte de nós sabe que estas não trazem boas consequências para o meio ambiente, é importante saber o que fazer quando trocamos de televisão, optando por a doar, trocar ou conectar o fabricante ao invés de a deitar fora.
Faça a sua parte, em criar este mundo um mundo melhor.
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