Depois de reconhecermos que os problemas no rio Caima, passamos à ação para perceber melhor os eventuais prejuízos que estão a causar.
Por isso, no passado dia 14 de março, dirigimo-nos a quatro locais distintos do rio Caima para recolher amostras de água para tentar saber mais acerca das fontes de poluição.
O primeiro local de recolha foi a barragem Eng. Duarte Pacheco, a montante da saída das águas rejeitadas da ETAR de Ossela, antes da cidade de Vale de Cambra. É uma barragem muito bonita, com um espaço harmonioso e que no verão serve de praia fluvial para os habitantes locais e visitantes que passam pela cidade.
Depois fomos até à Ponte dos Cadeados, a montante da saída das águas rejeitadas da ETAR de Ossela, mas muito próximo desse local, onde infelizmente também pudemos observar lixo espalhado pelo chão, principalmente garrafas e copos de plástico. Foi também aí que aproveitamos para recolher folhas de carvalho que se encontravam nas margens do rio, para posteriormente realizarmos a atividade experimental.
A cerca de oitocentos metros desse local, a jusante da saída das águas rejeitadas pela ETAR, fizemos a terceira recolha de amostra de água e, por fim, vários km a jusante, junto à Ponte de Valmadeiros, fizemos a quarta e última recolha de água que será útil para verificarmos até que ponto as águas do rio Caima conseguem ter capacidade para recuperar da poluição.
No dia seguinte, já no laboratório da nossa escola, pusemos mãos a obra. Com ajuda do protocolo da atividade experimental que tínhamos elaborado anteriormente com o apoio do nosso professor de Biologia e da Drª. Cristina Canhoto da Universidade de Coimbra, montámos a parte mais experimental do nosso projeto.
Começamos por distribuir a agua recolhida nos balões de Erlenmeyer e posteriormente pesamos e colocamos os círculos das folhas de carvalho nos respetivos balões de Erlenmeyer. Por fim, ligamos a bomba de ar aos tubos que se encontram mergulhados nos balões de Erlenmeyer, onde ficarão durante 15 dias, para vermos até que ponto serão decompostos pelos fungos que podem existir nas águas das diferentes amostras.
Decorridos os quinze dias iremos retirar os círculos de folhas e colocá-los na estufa a 60ºC, em papel de alumínio, devidamente identificados, durante 48 horas.
Não sabemos se resulta, mas com esta atividade experimental iremos ver se a poluição das águas afeta a ação de microrganismos existentes nas águas, pois sabe-se que as águas poluídas são prejudiciais à vida destes seres vivos decompositores
As JRA da EBS Ferreira de Castro
Mariana Santos e Raquel Martins