Após a visita ao Archelon, um Centro de Proteção e Salvamento de Tartarugas em Atenas, Grécia, fui dar um passeio à praia e em apenas cinco minutos encontrei o mesmo conteúdo que mais cedo pude observar em amostras de lixo que tinha sido retirado de várias tartarugas.
O trabalho do centro passa por recolher tartarugas do Mediterrâneo que tenham sinais visíveis de ferimentos ou doenças, cuidar delas, e voltar a soltá-las na natureza. Infelizmente também aprendi que a maior ameaça destas espécies é o ser humano. Para além do lixo que é ingerido por elas, principalmente da atividade pescatória, muitas vezes os barcos vão contra estas criaturas propositadamente, existindo também registos de agressões diretas por parte dos humanos.
Mas estas espécies não se encontram sozinhas. Todos os seres vivos que habitam nos nossos mares e oceanos estão em perigo. O perigo dos microplásticos e dos macroplásticos tem vindo a aumentar substancialmente nas últimas décadas, tornando-se um verdadeiro desafio ir a uma praia e não encontrar nenhum vestígio destas ameaças. Apenas em cinco minutos, a 50 metros deste centro, encontrei muito lixo, como palhinhas, beatas, vidro, balões, e restos de brinquedos. Não me esforcei. Simplesmente estava lá.
Este não é um problema que se resolva com uma ou duas ações de limpeza. É um problema que apenas se poderá resolver com o nosso esforço global. As escolhas que fazemos no dia a dia, a redução da utilização de plástico e outros descartáveis, a reciclagem, a reutilização são apenas alguns exemplos que podemos adotar como indivíduos que ajudarão a mitigar este problema.