“Se temos voz para conseguir comunicar com tantas pessoas, temos de a colocar ao serviço do ambiente”, Teresa Oliveira.
Qual o papel dos media na divulgação das medidas sustentáveis e ambientais?
Paulino Coelho:
Habitualmente no meu programa costumo, sempre que posso e é oportuno, partilhar as nossas práticas lá em casa. Se há coisa que me faz confusão é, por exemplo, o desperdício.
E portanto, eu tenho sempre a oportunidade de dar a minha opinião, partilhar a minha experiência pessoal e o que é curioso é que quando o faço tenho sempre o retorno de quem está a ouvir e a incentivar que o façamos porque também temos esse papel.
Teresa Oliveira:
Com o inovar das redes sociais, nós enquanto media tornamo-nos mais presentes e, ainda mais no caso da rádio, porque as pessoas conhecem-nos o que faz de nós “influencers”. Se temos voz para conseguir comunicar com tantas pessoas, temos de a colocar ao serviço do Ambiente.
Que tipo de retorno é que têm?
Paulino Coelho:
Experiências de pessoas que nos ouvem, exemplos que eu dou e são seguidos e ainda aqueles que os ouvintes partilham connosco para nós podermos também partilhá-los.
Geralmente, tudo isto acontece por e-mail ou mensagens privadas no Facebook. Cria-se uma espécie de mini rede momentânea sobre práticas de sustentabilidade porque, na verdade, nós temos mesmo de nos preocupar com este assunto.
José Coimbra, alguma vez se envolveu em alguma organização ou associação ambiental?
Não dessa forma, mas faço a minha parte. Separo o lixo e tento não sujar muito, por onde passo tento não deixar muita pegada, não fazer muitos estragos. Se calhar deveria estar mais envolvido numa outra situação, nunca surgiu essa oportunidade.
Conhecem alguns jornalistas que trabalham essencialmente sobre as questões do ambiente?
Existem alguns no Grupo Renascença?
Paulino Coelho:
Esse papel pode ser representado por todos, não deve haver ninguém especializado nessa área. Quando falamos sobre essas questões, pedimos a colaboração das associações, de especialistas de fora, porque os jornalistas têm um papel individual que depois se transforma num papel comum e global. Eu, por exemplo, na rádio, não uso papel, porque tenho um computador à minha frente onde posso ter tudo.
Em relação ao papel, hoje em dia, com as plataformas digitais não há necessidade de o utilizar da mesma forma.
Teresa Oliveira:
Vocacionados especificamente para essa temática não, mas conheço vários e muitos são da minha equipa. Quando nós conhecemos algumas medidas, como é o caso dos copos reutilizáveis, tentamos ao máximo divulgar junto do público, no sentido de proteger o Ambiente.
Esta questão de cuidar do Ambiente já não é uma realidade distante?
Paulino Coelho:
Eu nasci no final dos anos 60 e atravessei toda a década de 70 e 80, anos de desperdício no que diz respeito à utilização indevida deste planeta.
Quanto tempo da programação é dedicado à temática ambiental?
José Coimbra:
Não há um espaço instituído, não há um “minuto verde” como existe na RTP, mas de uma forma ou de outra, há essa consciência na rádio e aplicamos certas ideias que temos e passamos isso para os ouvintes. Nestes dias de evento, eu tenho trazido o meu ipad e não uso papel nenhum.
Teresa Oliveira:
Nós falamos muito de música, o nosso objetivo é fazer com que qualquer pessoa se sinta no festival.
Em relação ao tempo de programação não consigo dizer números, mas falamos muito sobre esses temas.
É visível aqui no Rock in Rio a importância de incluir medidas sustentáveis?
Paulino Coelho:
Eu acho que há essa preocupação por parte da organização. Nós que estamos aqui desde o primeiro Rock in Rio e sabemos, até nos meses que o antecedem, as ações que são feitas. Considerando a forma como está organizado e todo o cuidado com a sustentabilidade, as pessoas só não colaboram se não quiserem ou não forem conscientes. Está tudo feito para que este seja um evento sustentável, só falta uma coisa que é não imprimirem os bilhetes.
Grupo 1
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