As abelhas existem há mais de 100 milhões de anos e, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), 90% das plantas com flor dependem da ação dos polinizadores, como as abelhas, traduzindo-se num impacto de cerca de 35% na agricultura mundial, colocando em causa os ecossistemas e a nossa sobrevivência, o que levou a ONU a proclamar o dia 20 de maio como o Dia Mundial da Abelha.
No entanto, e apesar da sua extrema importância, tem-se assistido a um aumento da taxa de mortalidade das abelhas nos últimos 15 a 20 anos, em cerca de 10% por ano, segundo um estudo realizado pelo projeto europeu EPILOBEE. As causas, alertam vários estudos científicos, são o uso de pesticidas/herbicidas, as alterações climáticas e a vespa asiática invasora.
O nosso projeto foi desenvolvido, de forma diferenciada, em várias disciplinas. Assim, elaboramos uma pesquisa sobre ambas as espécies (vespa asiática e a abelha comum), que consistiu em estudar o seu habitat, os costumes e a aparência de cada uma, e que culminou na elaboração de um cartaz informativo; cada um de nós construiu uma armadilha para capturar a vespa asiática, colocando-a no espaço envolvente à sua habitação, bem como no bosquete da Escola. Com o passar do tempo, verificamos que as mesmas cumpriram o objetivo pretendido, pois foram capturadas várias vespas, impedindo, deste modo, a construção de novos ninhos. Elaboramos, ainda, um pedido à Câmara Municipal do nosso concelho, para que a mesma se candidate ao conjunto das “Autarquias sem glifosato”, uma plataforma da Quercus para todos os municípios, que pretendam deixar de aplicar herbicidas nos espaços públicos, como por exemplo, nas bermas das estradas, pois são prejudiciais às nossas abelhas, bem como para outros animais que passeiam pelas ruas.
Deste modo, tomamos consciência do papel que este inseto tem no equilíbrio dos ecossistemas e a nível económico, bem como para a nossa existência enquanto Humanidade, mas também no papel que cada um de nós tem na preservação de todas as espécies.