
Pandemia não trava os pequenos agricultores
«Cultivar uma horta é um exercício de confiança. Estamos sempre dependentes de situações que não controlamos», confessa Marília, uma de tantas mulheres do interior rural do nosso país, que continua a cultivar mais de metade dos vegetais que o seu agregado familiar consome. Foi ainda no início da pandemia de COVID-19 que se deixou fotografar, retratando a prática agrícola para consumo próprio, que tem gradualmente desaparecido de todo o território nacional.

Coronavírus: uma oportunidade para o ambiente?
O recente surto de Coronavírus, doença declarada pandemia, tem tido enormes repercussões não só a nível nacional, mas também a nível mundial. Desde cidades paradas, fronteiras fechadas a fábricas paralisadas, são inúmeras as consequências evidentes que a “praga” causou. A despeito destes infortúnios, é possível verificar alguns impactos positivos, nomeadamente os ambientais, mostrando uma oportunidade para repensar o nosso estilo de vida.

A Persuasão do capitalismo em tempo de pandemia
A contenção da pandemia levou os portugueses ao confinamento, o qual assustou a população, instalando-se rapidamente o receio da falta de bens de primeira necessidade. O governo previamente afirmou que “Não há razões para uma corrida aos supermercados”, do mesmo modo as associações da cadeia alimentar da produção à distribuição, garantiam o normal fornecimento de bens para o toda a população, afastando o cenário de rutura de stocks. Mas, iniciaram-se campanhas que apelavam a “encher a despensa”, mensagens que subliminarmente começaram a aparecer de forma subtil estimulando o consumo que, rapidamente, se transformou num açambarcamento. Estas campanhas eram contrárias ao discurso oficial, revelando a faceta da sociedade capitalista e de consumo que, jogando com os medos e receios, revelam mais uma vez o consumo desenfreado, irracional e insustentável.

O litoral e o efeito das tempestades
Durante os dias em que as tempestades Elsa e Fabien assolaram a nossa região, muitos detritos foram trazidos pelos rios. Dias depois, a madeira continua espalhada pelas praias do concelho de Matosinhos.
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