Rã-Verde (Rana perezi)

Trabalho realizado pela aluna Tânia Augusto Pereira do curso de Turismo Natureza e Aventura, numa visita à Mata do Bussaco. A Rã-verde ou Rã-comum, Rana perezi, é o anfíbio mais abundante e fácil de observar em Portugal e distribui-se por toda a Península Ibérica, exceto em altitudes superiores a 2000m. Geralmente não ultrapassa os 7 cm de comprimento. Possui olhos salientes, próximos entre si, com pupila horizontal. Os tímpanos, situados atrás dos olhos, são bem visíveis, o que a distingue da Rã-ibérica (R. ibérica). Os membros posteriores são compridos e com membrana interdigital bem desenvolvida. A coloração dorsal é esverdeada ou acastanhada (por vezes surgem exemplares muito escuros) com manchas escuras de disposição irregular. Tem duas pregas glandulares muito marcadas dorso-lateralmente e com frequência possui uma linha vertebral verde clara. O ventre é esbranquiçado com manchas cinzentas de tamanho variável.

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A Rã-verde ou Rã-comum, Rana perezi, é o anfíbio mais abundante e fácil de observar em Portugal e distribui-se por toda a Península Ibérica, exceto em altitudes superiores a 2000m. Geralmente não ultrapassa os 7 cm de comprimento. Possui olhos salientes, próximos entre si, com pupila horizontal. Os tímpanos, situados atrás dos olhos, são bem visíveis, o que a distingue da Rã-ibérica (R. ibérica). Os membros posteriores são compridos e com membrana interdigital bem desenvolvida. A coloração dorsal é esverdeada ou acastanhada (por vezes surgem exemplares muito escuros) com manchas escuras de disposição irregular. Tem duas pregas glandulares muito marcadas dorso-lateralmente e com frequência possui uma linha vertebral verde clara. O ventre é esbranquiçado com manchas cinzentas de tamanho variável.

Os machos apresentam um saco vocal externo de cor cinzenta, têm os membros anteriores proporcionalmente maiores, com ante-braços mais robustos. Quando o saco vocal não está insuflado, é fácil observar as pregas cutâneas de cada lado da boca. Os. Na época de reprodução têm calosidades nupciais escuras na parte interna do 1º dedo. As fêmeas são em geral maiores que os machos. Os girinos desta espécie podem atingir 7 cm de comprimento, mas ao eclodirem medem entre 4 a 6 mm. Têm espiráculo lateral. Superiormente são esverdeados com manchas ou pontos escuros. A cauda apresenta manchas ou linhas escuras bem visíveis e é afilada na extremidade.

Atualmente não é considerada uma espécie ameaçada, porém a introdução de espécies exóticas predadoras ou competidoras, poderá vir a afetar as suas populações.

As rãs estão sempre ligadas à presença de água que constitui o seu principal refúgio, podendo aparecer em qualquer zona de água, desde áreas naturais a zonas fortemente humanizadas. Suportam bem a contaminação orgânica e baixa salinidade. Vivem tanto ao nível do mar como em zonas de montanha.


A sua dieta inclui diversos tipos de invertebrados tais como insetos, aracnídeos, moluscos e miriápodes. Também podem comer vertebrados como pequenos peixes e outros anfíbios. Conhecem-se alguns casos de canibalismo. Os girinos alimentam-se de algas e detritos.

 

Os adultos são predados por cobras (ex: cobras-de-escada, cobras-de-colar), mamíferos carnívoros (ex: lontratoirão) e por várias aves como as garças, as cegonhas e as corujas. Para fugirem é usual saltarem para a água e esconderem-se no fundo. As larvas são predadas sobretudo por insetos aquáticos carnívoros, cobras-de-água e aves aquáticas.


Em Portugal a época de reprodução ocorre, em geral, entre Março e Julho. Os machos atraem as fêmeas através do coachar (que se ouve a grandes distâncias) e abraçam-nas pelas costas (amplexo axilar). A fêmea deposita entre 800 e 10000 ovos em cachos soltos ou prende-os à vegetação. As larvas eclodem poucos dias após a postura e o seu desenvolvimento é lento. A maior parte das metamorfoses dão-se em Julho ou Agosto, mas são conhecidos casos em que os indivíduos passam o Inverno no estado larvar. A maturidade sexual é atingida aos 4 anos e podem atingir os 10 anos de vida.

 No Inverno hibernam por um período de tempo variável, dependendo da região (nas zonas mais quentes da Península Ibérica, não chegam a hibernar). Estão ativas tanto de dia como de noite. Em épocas de temperatura elevada podem enterrar-se na lama.


São facilmente observáveis em margens de rios, ribeiras, albufeiras e charcos, sobretudo em locais com grande exposição solar.

 Informações retirados do site Naturlink.pt

Tânia Augusto Pereira