Num recanto típico de Apúlia, junto a uma casa antiga de paredes gastas e portão ferrugento, uma banca de hortícolas enche-se de cor e vida. Sobre a mesa de madeira, alinham-se caixas pretas repletas de batatas, cebolas, pepinos, pimentos, tomates, melões e couves, colhidos com dedicação e saber. Sentada numa cadeira de plástico, a vendedora, de lenço escuro na cabeça e roupa sóbria, observa atentamente quem se aproxima, apontando com um gesto firme e experiente, fruto de muitos anos de trabalho na terra. O ambiente é simples, mas carrega consigo uma riqueza de sabores e histórias, símbolo da resistência das comunidades locais à pressão da globalização. Ao manter viva esta tradição, a banca de rua preserva a autenticidade dos produtos e das relações humanas, afirmando a identidade rural de Apúlia num tempo em que tudo parece tender para a uniformização.


 
                     
                
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