Uma banca à margem da sustentabilidade

Sentada numa cadeira de plástico verde, com um lenço escuro que cobre os cabelos grisalhos e as mãos marcadas pelo tempo, a vendedora observa atentamente quem se aproxima da sua banca. O rosto sereno, mas firme, revela a experiência de uma vida dedicada à terra. Rodeada por caixas de plástico repletas de legumes e frutas frescas, mantém viva uma tradição essencial na localidade de Apúlia. O cenário é simples, mas a presença da vendedora — figura robusta, vestida de negro, símbolo de resiliência — transforma a banca num verdadeiro bastião da economia local, da sustentabilidade ambiental e da resistência das comunidades rurais à homogeneização imposta pela globalização.

Num recanto típico de Apúlia, junto a uma casa antiga de paredes gastas e portão ferrugento, uma banca de hortícolas enche-se de cor e vida. Sobre a mesa de madeira, alinham-se caixas pretas repletas de batatas, cebolas, pepinos, pimentos, tomates, melões e couves, colhidos com dedicação e saber. Sentada numa cadeira de plástico, a vendedora, de lenço escuro na cabeça e roupa sóbria, observa atentamente quem se aproxima, apontando com um gesto firme e experiente, fruto de muitos anos de trabalho na terra. O ambiente é simples, mas carrega consigo uma riqueza de sabores e histórias, símbolo da resistência das comunidades locais à pressão da globalização. Ao manter viva esta tradição, a banca de rua preserva a autenticidade dos produtos e das relações humanas, afirmando a identidade rural de Apúlia num tempo em que tudo parece tender para a uniformização.

Luis Martins