Fazendo a sua investigação, na expectativa de que a flor se digne a apresentar os seus estames carregados de pólen, o inseto observa. Quando o “milagre” acontecer ele obtém o seu precioso alimento e transporta o pólen para as flores vizinhas.
É uma união pela Vida, a parceria de sobrevivência da planta e do animal, a garantia da variabilidade genética para evitar a extinção.
A cidade de Estremoz localizada na região do Alentejo, com um clima quente e seco, é salpicada por parques e jardins que convidam para o descanso, acompanhado de uma animada conversa, à sombra fresca das árvores que lutam contra as adversidades do clima. Numa visita pela região procuramos e encontramos a união na luta pela sobrevivência e pela continuidade das espécies. Num ambiente hostil, junto a uma pedreira de mármore, com uma paisagem dominada pelas escombreiras e onde a vegetação escasseia, surge a união entre um inseto e uma planta. Este inseto alimentar-se-á do néctar da flor e esta estrutura reprodutiva da planta poderá enviar o seu pólen para outras plantas da mesma espécie. Desta colaboração resulta um novo ser que, como consequência desta fecundação cruzada, apresentará maior variabilidade genética e maior probabilidade de sobrevivência perante um ambiente em mudança.
You must be logged in to post a comment.