Num evento que reuniu miúdos e graúdos, o dia 11 de janeiro de 2020, fica marcado pela oficialização de Lisboa como Capital Europeia Verde 2020, que decorreu no jardim Amália Rodrigues e no pavilhão Carlos Lopes. Como slogan, Lisboa adotou “escolhe evoluir”, para dar voz a quem a quer usar.
Neste evento, estiveram presentes figuras nacionais e internacionais, como Marcelo Rebelo de Sousa (Presidente da República Portuguesa), António Costa (Primeiro Ministro de Portugal), António Guterres (Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, Frans Timmermans (Vice-Presidente da Comissão Europeia) ou Fernando Medina (Presidente da Câmara Municipal de Lisboa), entre muitos outros.
A maior presença fez-se sentir pelos jovens. Mas que jovens? Jovens da capital portuguesa. Jovens que querem fazer a mudança e veem esta distinção como algo “diferente” e “motivador. Porquê? Porque todos têm a oportunidade de fazer a mudança. Mudança essa que se começa a construir na escola, neste caso das lisboetas que contribuíram para abrir o debate entre os líderes mundiais que estiveram presentes.
A estes líderes, foi entregue um prémio simbólico do logótipo de Lisboa como Capital Europeia Verde 2020, assim como bandeiras (de Portugal e da União Europeia) totalmente feitas de materiais reciclados, como forma de assumir um novo compromisso. Estas bandeiras foram produzidas através de plástico provindo dos oceanos e produzidas em Santo Tirso, no distrito do Porto.
Entre os quatro púlpitos que se espalhavam pelo palco, apresentando por Inês Castel-Branco, quatro questões foram proferidas por jovens de escolas do concelho e por organizadores e dinamizadores do movimento greve climática estudantil – “Fridays for future”, motivado a nível internacional por Greta Thunberg. Ao longo de mais de meia hora, as questões destes jovens foram respondidas, nas mais diversas formas. Questões como a veracidade da limpeza do Rio Tejo, do cumprimento das metas de redução de dióxido de carbono em 2030, e em 2050, estiveram no enfoque do debate.
Lisboa, enquanto capital europeia verde 2020, assume assim o galardão durante um ano (anteriormente pertencente a Oslo), com o compromisso de honrar a cidade, honrar os portugueses e lisboetas e cumprir o estabelecido para este ano e para futuros. De destacar cinco medidas proferidas durante a conferência no pavilhão Carlos Lopes: a criação de um novo jardim urbano na Praça de Espanha, a mobilização de duas carreias elétricas na frota da Carris, a construção de 3000 casas isentas de carbono (128 em 2021), a criação de uma nova rede de água reutilizada e a implementação de uma zona de zero emissões reduzidas na zona da Baixa-Chiado.
O ano de 2020, torna-se assim o ano da mudança climática na cidade de Lisboa e principalmente em Portugal, uma vez que todos os ministros do XII Governo Constitucional de Portugal, irão “circular dentro da área de Lisboa, em carros elétricos”, de acordo com declarações proferidas por António Costa. Esta medida, demonstra assim a preocupação que todos os portugueses têm e
m assumir uma nova posição face às alterações climáticas que assolam e irão assolar em Portugal, a nível da sua vulnerabilidade.
Com esta distinção, José Sá Fernandes, vereador independente na Câmara Municipal de Lisboa, “realizou um sonho” e foi ele quem oficializou esta cerimónia, em conjunto com outras figuras da política mundial. Esta oficialização iniciou-se com abertura de um livro pop-up de lisboa, como capital verde, da autoria de Leonor Brilha professora na Escola António Arroio, em Lisboa.
Ficam assim, em janeiro de 2020, oficializados os primeiros passos para um concelho diferente, mudado e “virado para um novo paradigma que se encontra e encontrará nas mentalidades de toda a Europa e de todo o mundo”: escolher evoluir.
Texto de João Pedro Costa