Viveram há cerca de 500 milhões de anos e eram uma espécie marinha. Divididas por cabeça, corpo e cauda, são as Trilobites, a primeira espécie a ser considerada complexa.
A existência desta espécie em Arouca, apoia a teoria de que todo o território estava submerso.
As Trilobites fossilizadas só se encontram na ardósia por ser uma rocha metamórfica e de origem sedimentar, que permite a fossilização através do processo de moldagem, devido ao seu exoesqueleto.
Segundo o coordenador científico da Associação Geoparque de Arouca, Artur Sá, quando as Trilobites mudavam de carapaça, estavam expostas aos ataques dos predadores, pelo que sentiam necessidade de encontrar uma alternativa para se protegerem, vivendo em comunidade, o que também facilitava a reprodução da própria espécie.
De acordo com Lígia Figueiredo, diretora do Centro de Investigação e Interpretação Geológica de Canelas, das 23 espécies descobertas no local, 20 são reconhecidas cientificamente e 3 são espécies novas ainda por classificar. Graças a esta descoberta, Arouca passou a ser considerada um ponto de elevado interesse não só a nível cultural e gastronómico mas também a nível geológico, o que potencia o desenvolvimento económico do local.
As Trilobites têm o sistema digestivo na cabeça, “só pensam em comida”, disse Lígia em tom de brincadeira. Em Arouca, estas são consideradas gigantes podendo atingir os 72,5 centímetros de comprimento. Segundo a diretora do Centro, isto deve-se à existência de poucos predadores no local. O único encontrado em Arouca foi o polvo primitivo.
Curiosamente, os fósseis foram descobertos em Arouca através da exploração da Pedreira do Valério, que deu origem ao museu, que tem como objetivo conservar o património geológico e cultural.
Extinguidas no Paleozóico, as Trilobites, são parte do nosso património que se impõe conservar, pois servem como contributo para a defesa do planeta e porque ajudam a compreender a nossa identidade territorial e como povo.
Autores, Grupo A2
Ana Catarina Martins, Ana Raquel Maçedo, Ana Rita Santos, Ana Cambão, André Gonçalves, Mariana Ribeiro e Patrícia Martins.
Monitor: Artiom Hiloboc
Coordenadora: Renata Gonçalves