Do Lixo ao Oceano

Atualmente, torna-se cada vez mais percetível e notória a existência de lixo nas praias, que tem aumentado significativamente nos últimos anos. A presença cada vez maior de lixo nestas regiões tem vindo a pôr em causa os ecossistemas costeiros e marinhos, em consequência da poluição e do impacto na vida marinha.

Nas últimas décadas, a quantidade de acumulação de lixo nas praias, ao redor do mundo, tem vindo a aumentar drasticamente. Este fenómeno faz transparecer ser uma ameaça para os ecossistemas costeiros e marinhos, pondo em causa a vida marinha, devido à produção excessiva de resíduos e o descarte inadequado dos mesmos.
Os resíduos descartados são, na sua maioria, plásticos, metais, vidros e materiais orgânicos. Porém, o plástico é o que mais provoca apreensão, uma vez que existe em grande quantidade, tem uma enorme durabilidade e tem capacidade de se fragmentar em microplásticos. O lixo costeiro, uma vez acumulado, coloca em causa os ecossistemas costeiros e marinhos, sendo uma ameaça direta para a vida marinha. Os animais marinhos correm o risco de ficarem presos ou de ingerirem resíduos, levando a lesões, a danos físicos ou até à sua morte. Os mais afetados nestes ambientes são as tartarugas, aves marinhas e mamíferos marinhos, como é o caso das baleias, focas e golfinhos. Para além disso, o lixo costeiro tem como ameaças aos ecossistemas a libertação de substâncias tóxicas e a propagação de microplásticos. Estes fatores resultam na contaminação de habitats marinhos, interferindo nas cadeias alimentares, na biodiversidade e no equilíbrio desses ecossistemas.
A longo prazo, a acumulação contínua de lixo costeiro propicia a redução da biodiversidade, dificultando a sobrevivência de várias espécies e a sustentabilidade de ecossistemas marinhos e costeiros. É evidente que a poluição costeira prejudica não só a estética das praias, mas também a sustentabilidade dos ecossistemas marinhos, onde as espécies dependem da não poluição e do bom funcionamento do mesmo.