ALUNOS DA ESV ACEITAM O DESAFIO DA ABAAE E DA FABER-CASTELL: NASCE O “ECOLABIRINTO”

No ano letivo 2024-2025, os alunos do 9.º C da Escola Secundária de Valongo (ESV) aceitaram o desafio lançado pela ABAAE (Associação Bandeira Azul da Europa) e pela Faber-Castell: criar um labirinto subterrâneo, com ponto de partida numa árvore e chegada a uma mina de grafite — um percurso simbólico que representa o ciclo de vida do Ecolápis, o lápis ecológico da Faber-Castell.

A proposta visou sensibilizar os alunos para o processo de extração do grafite, a sustentabilidade dos materiais escolares e os impactos ambientais do consumo e do desperdício. Com base na Brochura do Ecolápis e no Cartaz do Ciclo do Ecolápis, os alunos refletiram sobre as boas práticas ambientais e aplicaram conhecimentos e técnicas artísticas, alinhadas com os princípios da Educação Ambiental para a Sustentabilidade.

Aberto a escolas da rede Eco-Escolas de todo o país, o concurso “Ecolabirinto” divide-se em três escalões. A ESV participa no Escalão 2 (2.º e 3.º Ciclos), tendo sido selecionados dois trabalhos para representar a escola a nível nacional.

O projeto começou com a visualização do vídeo oficial do concurso, seguida da leitura coletiva do regulamento e de uma investigação sobre as minas de grafite em Portugal. A partir daí, os alunos iniciaram um processo colaborativo de partilha de ideias e planificação visual, definindo os elementos obrigatórios: a árvore, a pedra de grafite e a personagem “Ecolápis”.

Cada aluno desenvolveu livremente a sua composição, desde o esboço a lápis de grafite até à aplicação de técnicas mistas. No final, os trabalhos foram submetidos à votação da comunidade educativa. Os dois mais votados foram:

“Do Verde ao Subsolo: Caminho da Criação”, de Maria Alice Brandão
Este trabalho destaca-se pelo uso expressivo do pastel de óleo no céu e montanhas, conjugado com ecolápis para vegetação e caminhos, e caneta de ponta fina nos contornos. A árvore frondosa simboliza o início da viagem do Ecolápis, enquanto a mina de grafite, inserida nas montanhas, representa o destino subterrâneo. As cores intensas transmitem energia e movimento, refletindo a transição entre o mundo natural e o mineral.

“Caminho das Águas até à Mina”, de Micaela Filipa Lacerda dos Santos
Com uma abordagem mais delicada, esta obra utiliza a aquarela como técnica principal, complementada com ecolápis e caneta de ponta fina. A narrativa visual começa junto a uma árvore à beira-rio e segue por um percurso sinuoso até à mina de grafite, guiado por elementos como água e vegetação. O labirinto orgânico e fluido evoca o equilíbrio entre natureza e intervenção humana, reforçando a importância dos recursos naturais.

Inspirados pelo compromisso da Faber-Castell com a sustentabilidade — que se reflete em iniciativas como o projeto florestal no Brasil, a plantação de 15 milhões de árvores e a produção com carbono neutro —, os alunos deram forma a obras que espelham consciência ambiental e criatividade artística.

A ESV congratula-se com o empenho dos seus alunos e professores neste projeto que junta arte, ciência e cidadania ativa.

 

Ellen Oliveira, Salomé Moreira, Beatriz Barbosa, Maria João Moreira