Tema JRA: Biodiversidade e Floresta

Comemoração do Dia Mundial do Ambiente na EPATV

Comemoração do Dia Mundial do Ambiente na EPATV

A Escola Profissional Amar Terra Verde comemorou, em parceria com o IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude) – programa Desporto para Todos, o Dia Mundial do Meio Ambiente e o Dia do Ensino Profissional com a II Caminhada pelo Ambiente, num percurso de 20 quilómetros, envolvendo cerca de 250 alunos e 30 professores.

Apanha ilegal de amêijoas no Tejo

Apanha ilegal de amêijoas no Tejo

Memória descritiva
Ponta dos Corvos, Seixal. Durante o mês de maio foi possível encontrar dezenas de pessoas a entrar Rio Tejo adentro para apanhar bivalves que são vendidos a comerciantes. Um rendimento familiar extra mas um sério problema de saúde pública, devido à presença de níveis perigosos de toxinas ou de contaminação microbiológica.

De acordo com o Instituto do Mar e da Atmosfera, a apanha de bivalves está proibida no estuário do Tejo, desde o dia 3 de maio. Já perto do final do mês, quando a maré baixa, dezenas de pessoas continuam a entrar pelo rio Tejo, como se pode observar na imagem, tirada na Ponta dos Corvos, no concelho do Seixal. Esta proibição deve-se à “presença de níveis de toxinas ou de contaminação microbiológica acima dos valores regulamentares”.
Pás, sachos, ancinhos, enxadas são alguns dos instrumentos utilizados para retirar da vasa bivalves. Maria, que habita perto deste local, afirma que apanha sobretudo amêijoa-japonesa. Está sempre atenta à chegada das autoridades, pois sabe que a atividade é ilegal. Mas compensa, pois “é um rendimento extra para o orçamento familiar”.
Nas margens há muitos comerciantes que procuram comprar a baixos preços estes bivalves introduzindo-os no mercado para consumo, o que pode levantar problemas a nível de saúde pública.

Apesar de proibido desde 1993, o químico TBT usado em tintas para barcos continua a contaminar o mar. Prova disso, é o aparecimento de fêmeas com características de machos

Apesar de proibido desde 1993, o químico TBT usado em tintas para barcos continua a contaminar o mar. Prova disso, é o aparecimento de fêmeas com características de machos

Memória descritiva

Apesar de proibidas deste 1993, o uso de tintas anti-vegetativas em barcos continua a poluir os ecossistemas marinhos. Estudo realizado entre novembro de 2015 e maio de 2016, na Nazaré, demonstra que há fêmeas de moluscos que possuem características sexuais masculinas. Tornam-se estéreis, pondo em risco o equilíbrio ecológico.

O TBT é um biocida utilizado em tintas antivegetativas, usadas na prevenção da bioincrustação, evitando o aparecimento de organismos nas superfícies onde eram aplicadas
A bioincrustação aumenta a rugosidade do casco provoca uma diminuição da velocidade dos navios, aumento do consumo de combustível e promove a corrosão do casco. As tintas anti-vegetativas são de grande importância pois resolvem estes problemas
Foi desenvolvida uma investigação sobre os níveis de imposexo causados pelo TBT em moluscos da espécie Nassarius Reticulatus na região da Nazaré. Foram recolhidos cerca de 150 exemplares, com uma nassa com isco. Os dados obtidos revelam que em 50 fêmeas analisadas 46 apresentam imposexo, o que sugere que, na região da Nazaré, o TBT está presente em altas concentrações. Quando as fêmeas revelam imposexo tornam-se estéreis o que destina a população ao risco de desaparecimento, pondo em risco toda a cadeia trófica, desequilibrando todo o ecossistema.

Sapal de Corroios: um ambiente rico em biodiversidade mas também em lixo e sucata

Sapal de Corroios: um ambiente rico em biodiversidade mas também em lixo e sucata

O sapal de Corroios desempenha um papel vital para as populações de peixes, bivalves, crustáceos e aves limícolas, residentes e migratórias do estuário do rio Tejo, a maioria das quais oriunda do norte da Europa. No inverno, podem permanecer nesta área 5 a 10 mil aves.
A vegetação aqui existente apresenta uma grande produtividade biológica e a capacidade de despoluição das águas.
O Observatório de Aves no Sapal de Corroios localiza-se na Ponta dos Corvos na Península do Alfeite, em Corroios, Seixal. O projeto arquitetónico inovador é da autoria do arquiteto David Seabra, tendo sido utilizados plásticos reciclados. Está completamente integrado na paisagem. É uma importante estrutura de apoio à conservação da natureza, com um grande valor turístico. Contudo, numa visita realizada em maio revelou a necessidade de olhar para este observatório com cuidado. A presença de muito lixo afeta a biodiversidade e o equilíbrio deste ecossistema tão importante.